quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Campos viaja a São Paulo para 'convencer' PSB

Presidente do partido, governador de PE desembarca na capital semana que vem com a missão de levar diretórios paulistas a apoiarem Haddad 

Depois de a presidente Dilma Rousseff definir a eleição de São Paulo como "uma questão municipal", sem comentar a entrada do tucano José Serra na disputa, o presidente nacional do PSB, governador Eduardo Campos, desembarca em São Paulo na segunda-feira empenhado em levar o seu partido a apoiar o candidato petista Fernando Haddad. 

Campos fará palestra, na Associação Comercial de São Paulo, sobre o modelo de gestão de seu governo - e, na agenda política, ouvirá os diretórios municipal e estadual do PSB sobre a situação local - o partido integra o governo tucano de Geraldo Alckmin. Tentará convencer as lideranças de que o melhor caminho é uma aliança com o PT. 

Ele avisa, no entanto, que não pretende usar uma prerrogativa do partido - cujo estatuto dá à direção nacional o poder de decidir alianças em municípios com mais de 200 mil eleitores - para interferir em São Paulo. "Não é tradição do PSB fazer nenhuma intervenção, nunca houve isso na nossa história", afirmou ele ao Estado, ao lembrar que uma eventual divergência do PSB paulista com o nacional não vai interferir na unidade da legenda. 

"Acredito que a direção municipal e a direção estadual do PSB de São Paulo vão conduzir esse processo com tranquilidade", observou. "Sair das minhas funções de presidente nacional do partido para discutir cada eleição de capital e de municípios com mais de 200 mil eleitores não seria uma tarefa possível." 

Jantar. Na noite de anteontem, o governador recebeu a presidente Dilma Rousseff para jantar em sua casa, no bairro de Dois Irmãos, no Recife. No encontro, ele conseguiu ampliar os recursos federais para um projeto de navegabilidade do Rio Capibaribe, que corta a capital. Segundo sua assessoria, "99%" do que se tratou no jantar teria sido referente a questões administrativas. "Ainda não é hora, vamos deixar mais para a frente", teria dito a presidente sobre assuntos político-eleitorais. 

Ontem, em evento que marcou a entrega de 480 unidades habitacionais a famílias removidas de palafitas no bairro de Brasília Teimosa, a presidente fez política. Elogiou o governo Campos, criticou a política do "se vire" que, segundo ela, presidentes anteriores a Lula usaram com o povo menos favorecido e interagiu diretamente com a multidão que a aclamava. 

Estadão

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