quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Pesquisa mostra Serra com 36% e Dilma com 25%

Pesquisa Ibope/Diário do Comércio, encomendada pela Associação Comercial de São Paulo e realizada entre os dias 6 a 9 deste mês, indica que a corrida à sucessão presidencial de outubro continua polarizada pelos pré-candidatos do PSDB e do PT, respectivamente o governador de São Paulo, José Serra, e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Nessa mostra, Serra tem 36% das intenções de voto e Dilma 25%. Em terceiro lugar está o deputado federal Ciro Gomes (PSB) com 11%, seguido da senadora Marina Silva (PV) com 8%. O porcentual de votos brancos e nulos somou 11% e dos que disseram não saber em quem vota atingiu 9%.
A última pesquisa divulgada pelo Ibope foi no dia 7 de dezembro do ano passado. Na mostra, encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), José Serra registrava 38% das intenções de voto, seguido de Dilma Rousseff com 17%, Ciro Gomes com 13% e Marina Silva com 6%. Naquela pesquisa, o porcentual de votos brancos e nulos atingiu 13% e dos que disseram não saber em quem votar ou não quiseram responder somou 12%.
No cenário sem Ciro Gomes, a pesquisa Ibope/Diário do Comércio aponta José Serra com 41%, Dilma Rousseff com 28%, Marina Silva com 10%, brancos e nulos 12% e não sabem ou não opinaram 9%.
Na simulação de um eventual segundo turno entre José Serra e Dilma Rousseff, o tucano lidera com 47% e Dilma registra 33%.
A maior rejeição apontada pela pesquisa é de Ciro Gomes, com 41%, seguido de Marina Silva com 39%, Dilma Rousseff com 35% e José Serra com 29%.
Continuidade
A pesquisa Ibope/Diário do Comércio avaliou também o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para 47% dos entrevistados, a administração de Lula é boa, para 29% é ótima, para 19% é regular, para 3% é péssima e para 2% é ruim.

A mostra indagou ainda o que os eleitores gostariam que o próximo presidente fizesse. Do total de entrevistados, 34% querem a total continuidade do atual governo, 29% querem pequenas mudanças com continuidade, 25% querem a manutenção de apenas alguns programas com muitas mudanças e 10% querem a mudança total do governo do País. Para 78% dos entrevistados, o presidente Lula é confiável, enquanto 18% disseram não confiar no presidente.

A pesquisa, que será divulgada amanhã pelo Diário do Comércio, foi realizada com 2.002 eleitores em 144 municípios de todo o Brasil. O intervalo de confiança estimado é de 95% e a margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. Esta pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral, sob o protocolo nº 3196/2010.

Yahoo

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Aos 30 anos, PT não gera mais medo, diz presidente da Fiesp

Uma das transformações mais notáveis do PT é a relação com o empresariado. De ameaça à estabilidade econômica e democrática, Lula passou à condição de quase unanimidade, arrecadando prêmios do setor no Brasil, como "Operário nº 1", e no exterior, como "Estadista do Ano", concedido pelo Fórum Econômico Mundial

"Tenho certeza de que o medo do PT não existe mais", afirma o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, que apoiou Lula em 2002.

De acordo com ele, o relacionamento do empresariado com Lula e também com o PT é "excelente", "de carinho".

Nem sempre a relação com a entidade foi amena. Em 1989, seu então presidente Mário Amato afirmou que a vitória de Lula levaria 800 mil empresários a deixar o país. Em 1994, outro presidente da principal entidade industrial do Brasil, Carlos Eduardo Moreira Ferreira, disse, sobre a candidatura petista, que o país corria o risco de "eleger um presidente que condenaria o Brasil ao atraso".

Mesmo em 2002, os bancos de investimento norte-americanos Merrill Lynch e Morgan Stanley Dean Witter rebaixaram a recomendação para negócios com títulos da dívida brasileira por considerar que a taxa de risco do país era maior pela possibilidade de que Lula vencesse as eleições.

Até a década de 90, quem fez o trabalho de aproximar Lula do empresariado foi Oded Grajew, empresário que hoje atua na área social. "Eu abri as portas do setor empresarial para o Lula e para o PT, e isso leva tempo, porque você tem que desmontar uma série de preconceitos mútuos. Você tem que aproximar as pessoas, desmistificar coisas", diz ele.

Entre os principais medos estavam mudanças bruscas na economia, fuga de capitais, a invasão de terras produtivas e desapropriação até nas cidades.

"Hoje existe o entendimento no empresariado que os acertos do governo foram maiores do que os erros", diz o economista Roberto Segatto, presidente da Abracex (Associação Brasileira de Comércio Exterior).

Para muitos empresários, a forma como o governo lidou com a crise --em especial estimulando o consumo-- foi definitiva para uma visão ainda mais positiva da atual gestão.

Folha Online

PMDB governista vence 1º round e reforça Temer para chapa de Dilma

Liminar de grupo de Quércia é derrubada e convenção reelege presidente do partido com 591 dos 597 votos

O deputado Michel Temer (SP) conseguiu ontem se reeleger presidente do PMDB, apesar da resistência do grupo liderado pelo ex-governador de São Paulo Orestes Quércia. A vitória da chapa única encabeçada pelo atual presidente da Câmara na convenção nacional do partido também consolidou seu nome como candidato a vice da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência. A reeleição foi aprovada por 591 dos 597 convencionais que participaram do encontro.

Apoiado pelos diretórios regionais de Pernambuco, Paraná e Santa Catarina, o grupo de Quércia obteve na sexta-feira uma decisão liminar da Justiça do Distrito Federal impedindo o encontro, mas o recurso foi cassado à noite. Ele, que apoia o governador José Serra (PSDB) para disputar a Presidência, é contrário à formação da aliança nacional entre o PMDB e o PT.

Há ainda setores do partido que defendem a candidatura própria - o governador do Paraná, Roberto Requião, chegou a lançar o seu nome na disputa. O presidente do diretório do PMDB do Paraná, deputado Waldyr Pugliesi, classificou a convenção de "manobra maquiavélica" e acentuou que o nome de Requião continua posto como alternativa.

A vitória de Temer foi celebrada pelo Planalto. "Essa recondução de Michel Temer reforça a participação do PMDB na ideia da pré-candidatura da ministra como sucessora do presidente Lula", disse o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

"O PMDB precisa de muito mais espaço nacional", defendeu Temer. "Sem o PMDB não há condições de conduzir o País." Fortalecido pela reeleição, ele evitou tratar a possível indicação para o posto. "Vice é circunstância política. Só mais adiante vamos verificar qual é a consolidação da aliança e em seguida qual é o melhor nome."

Quércia criticou o que chamou de "antecipação da convenção". "Ela simplesmente impediu a hipótese de uma outra chapa concorrer à eleição do Diretório Nacional. Foi uma afronta ao partido, uma violência contra a democracia e que não repercute bem entre peemedebistas históricos e de coração."

Também cotado para ocupar a vice, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, evitou falar sobre seu futuro político. "A minha absoluta atenção no momento, até o começo de abril, é o Banco Central."

Mesmo argumentando que a discussão sobre a aliança só ocorrerá em junho, o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), defendeu a indicação de Temer. "O candidato que mais aglutina forças."

Fonte: Estadão

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Lindberg quer evitar disputa com Benedita por Senado

Depois de desistir da candidatura ao governo do Estado e se entender com o governador Sérgio Cabral (PMDB), o prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias, está trabalhando para ser o único nome do PT na disputa por uma vaga ao Senado. A chapa de Cabral reservou uma das duas vagas de candidato a senador para o PT, mas a ex-senadora Benedita da Silva, hoje secretária estadual de Assistência Social, também tem intenção de disputar. Lindberg quer evitar que os dois se enfrentem na convenção estadual.

O prefeito prepara um manifesto em favor de sua candidatura e pretende recolher assinaturas de cerca de 260 dos 400 delegados que votam na convenção. Também espera o envolvimento de petistas próximos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na tentativa de fazer Benedita desistir do Senado e ser candidata a deputada, puxando votos para o partido.

Lindberg disse que pretende resolver o impasse até o encontro nacional do PT, que acontecerá entre 18 e 20 de fevereiro, em Brasília. Hoje, o prefeito esteve com o presidente Lula, durante inauguração de um gasoduto da Petrobras em Duque de Caxias, mas disse que não tratou de eleição.

Fonte: Yahoo

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Ciro Gomes será candidato à presidência

O senador Cristovam Buarque acaba de informar que Ciro Gomes será mesmo candidato à presidência. Segundo ele, Ciro acaba de informar isso a jornalistas em Brasília.

Bem, se for verdade isso, muda todo o quadro nacional, e aqui em Mato Grosso o jogo vira também, já que ele sendo candidato a executiva nacional vai querer um palanque aqui, e, se antes a preferência era pela eleição de deputados federais, agora Mauro Mendes passa a ter a preferência da sigla.

Isso pode ser utilizado pelo candidato como um aviso aos partidos menores, que estavam se desgarrando, e que agora podem ter essa garantia da candidatura de Mendes. Para fortalecer ainda mais a sua candidatura, basta que ele, junto a Valtenir, reúna agora com a executiva nacional do partido para transmitir isso aos partidos que ainda têm alguma dúvida.

Fonte: Prosa e Politica

Novo presidente da OAB critica corrupção e falta de vergonha na cara de políticos

O novo presidente nacional da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Ophir Cavalcante, criticou nesta segunda-feira o fato de o Brasil ainda ser uma das nações mais corruptas do planeta (75ª posição, segundo ranking da ONG Transparência Internacional). Segundo ele, o culpado por essa situação são "aqueles [políticos] que não têm vergonha na cara"

Cavalcante tomou posse do cargo ontem. Em seu discurso, destacou a impunidade nos casos de corrupção no Brasil. Como exemplo, usou o escândalo envolvendo o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido).

"Dinheiro em meias, em cuecas, em bolsas, oração para agradecer propina recebida são anomalias inconcebíveis, que demonstram total subversão de valores por parte dos que deveriam dar o exemplo", disse, antes de lembrar que este é um ano eleitoral: "Essa virada ética depende de nós: vamos exigir decência; vamos repudiar pelo voto aqueles que não têm vergonha na cara".

Segundo Ophir, o combate à corrupção e à impunidade será uma das marcas dos três anos de sua gestão. "Ou nos reencontramos com a decência ou naufragaremos. Pois nenhum país avança, nenhum país ingressa no primeiro mundo com as mãos sujas", afirmou.

O advogado disse ainda que a OAB vai defender uma "revolução moral e ética" e que a entidade lutará contra práticas políticas como o loteamento do Estado e o uso de cargos públicos para arrecadar dinheiro e financiar campanha. Ele condenou, por exemplo, o fato de o Brasil ter hoje cerca de 25 mil cargos públicos de livre nomeação.

Ophir foi eleito o novo presidente da OAB no domingo (31). Ele substitui o advogado sergipano Cezar Britto, que estava à frente da instituição desde 2007. Durante a gestão de Britto, ocupou o cargo de diretor-tesoureiro da OAB. Ele ficará no cargo de presidente do Conselho Federal pelos próximos três anos.

Além de Ophir, integram a nova diretoria os advogados Alberto de Paula Machado (vice-presidente); Marcus Vinicius Furtado Coelho (secretário-geral); Márcia Regina Machado Melaré (secretária-geral adjunta) e Miguel Ângelo Sampaio Cançado (diretor-tesoureiro).

Fonte: Folha Online

Tarso anuncia que deixará governo dia 10 para disputar eleição no RS

Pré-candidato do PT ao governo do Rio Grande do Sul, o ministro Tarso Genro (Justiça) anunciou hoje que deixará o governo no próximo dia 10. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva oficializou nesta terça-feira o pedido de saída entregue pelo ministro.

Segundo Tarso, o presidente deve escolher o novo ocupante da pasta até o fim da semana. O ministro disse que tanto o secretário-executivo Luiz Paulo Teles quanto o deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP) têm atribuições para ocupar o cargo.

"Não sugeri nome. Essa é uma atribuição do presidente. Luiz Paulo e Zé Eduardo são compatíveis. O Luis Paulo é um gestor eficiente e o Zé é um jurista qualificado. O ministério estará em boas mãos", disse.

Tarso disse que apresentou hoje um relatório das principais ações do ministério ao presidente, mostrando que a sua saída não trará prejuízo para o governo. "O presidente disse que vai fazer uma exceção e me autorizou a sair no dia 10. Fiz um relato e mostrei que não faria falta eu sair em fevereiro ou em março", afirmou.

O ministro disse que o presidente se comprometeu em ser seu cabo eleitoral nas eleições de outubro. "O presidente me disse que estará junto comigo", disse.

Pelos menos 16 dos 37 ministros já mostraram interesse em disputar cargos no Legislativo e nos Executivos estaduais, incluindo a ministra da Casa Civil, que é pré-candidata do PT ao Palácio do Planalto.

Segundo interlocutores do presidente, a orientação é para que as vagas dos ministros-candidatos sejam preenchidas por secretários-executivos, que estão familiarizados com a rotina das pastas.

Reportagem da Folha publicada nesta terça-feira afirma que Dilma deixará a Casa Civil no final de março para se dedicar à campanha eleitoral e a secretária-executiva do ministério, Erenice Guerra, assumirá seu lugar. A promoção de Erenice é uma decisão pessoal de Dilma.

Erenice, porém, não coordenará o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), vitrine eleitoral de Dilma na campanha. A tarefa ficará a cargo de Miriam Belchior, que atua na Casa Civil como subchefe de articulação e monitoramento e já auxilia Dilma no PAC.

Na semana passada, Erenice também foi escolhida como representante da Casa Civil para presidir o grupo de trabalho responsável por detalhar a proposta de criação da comissão da verdade prevista no Programa Nacional de Direitos Humanos.

MÁRCIO FALCÃO
da Folha Online, em Brasília

Após autoconvocação, aliados de Arruda retomam controle da Câmara do DF e da CCJ

No primeiro dia de trabalho após a autoconvocação, os aliados do governador do Distrito Federal José Roberto Arruda (sem partido) confirmaram a estratégia de controlar o ritmo dos três processos de impeachment contra o chefe do Executivo na Câmara Legislativa.

A ofensiva começou com a eleição do deputado Wilson Lima (PR) para a presidência da Casa. Fiel aliado do governador, Wilson Lima recebeu o apoio de 15 governistas para derrotar o deputado Cabo Patrício (PT), lançado pela oposição. O novo presidente da Casa teria recebido o aval de Arruda depois de se comprometer em assumir o desgaste político de trabalhar pela "governabilidade".

A escolha dele também obedeceu o critério dos governistas de colocar no cargo alguém que estivesse distante do suposto esquema de pagamento de propina. Wilson Lima negou que esteja a serviço do governador. "Eu tenho certeza que tenho personalidade. Tenho três mandatos e sempre agi com austeridade e transparência. Vou conseguir vencer todos os obstáculos", disse.

Wilson Lima substitui o deputado Leonardo Prudente (sem partido), que foi flagrado colocando R$ 50 mil de suposta propina no terno e nas meias. Ele estava afastado pela Justiça do cargo e renunciou na segunda-feira, sem apresentar justificativas. Prudente foi pressionado pelos governistas a entregar a Presidência para evitar que o controle das investigações ficasse nas mãos da oposição.

A outra cartada dos aliados foi apresentada na eleição da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), primeira instância a analisar os pedidos de impeachment. O deputado Geraldo Naves (DEM), amigo do governador e suplente de Paulo Roriz (DEM, secretário de Habitação, ficou na presidência da comissão. A relatoria dos pedidos foi entregue ao líder do governo, deputado Batista das Cooperativas (PRP).

O governista disse que seu parecer será técnico e que não fará nenhum "prejulgamento". Pelas normas da CCJ, Batista tem o prazo de dez dias, renováveis por mais dez, para apresentar um relatório afirmando se os pedidos de afastamento do governador são constitucionais ou não. "Vou analisar com equilíbrio e sensatez sem prejulgamentos", afirmou.
Questionado se tem sido cobrado pelo afastamento de Arruda nas ruas, Batista disse que os eleitores pedem a governabilidade. O relator evitou dizer se a governabilidade significava a manutenção de Arruda no governo.

"Existe um grande clamor nesse sentido [pela governabilidade]. Mas estamos analisando de forma técnica", disse.

Com a movimentação governista, a oposição aposta na Justiça para afastar o governador. A expectativa é que as investigações do STJ (Superior Tribunal de Justiça), do Ministério Público e da Polícia Federal apresentem resultados consistentes contra o esquema de corrupção provocando a saída de Arruda, sem a necessidade de novas ações contra o governador.

Segundo o líder do PT na Casa, Paulo Tadeu, a eleição do novo presidente mostrou que o governador ainda tem força política e influência na Casa capaz de interferir na tramitação dos pedidos de afastamento.

"Realmente a gente entende que o governador Arruda aglutinou 15 parlamentares com o objetivo de dar continuidade a esse processo de evitar que as investigações avancem", disse.

Naves e Batista das Cooperativas ocupam os mesmos cargos da CCJ eleita durante a autoconvocação da Câmara, mas que acabou anulada por decisão da Justiça. O juiz Vinicius Santos Silva, da 7ª Vara da Fazenda Pública no Distrito Federal, considerou viciada a composição da CCJ porque contou com o voto da deputada Eurides Britto (PMDB), que está entre os oito deputados afastados dos pedidos de impeachment de Arruda por suposta participação no esquema de pagamento de propina. No lugar da deputada, entrou o deputado Bispo Renato (PR).

Se um dos três processos de impeachment for aprovado na CCJ, será avaliado ainda por uma Comissão Especial que vai ser criada. Essa Comissão Especial terá o prazo de 10 dias para decidir se as denúncias devem ser aceitas e votadas em plenário. Se for aprovado, abre-se um prazo de 20 dias para o governador apresentar a defesa e um novo parecer precisa ser elaborado e votado em plenário.

Em caso de aprovação, o governador é afastado por 120 dias e com isso começa o processo de cassação, que será analisado por um tribunal composto por cinco desembargadores do TJ-DF (Tribunal de Justiça do Distrito Federal) e cinco deputados distritais.

Sem guerra

Em mensagem encaminhada à Câmara para a reabertura para os trabalhos do Legislativo, Arruda afirmou que "toda crise passa" e que desistiu de "guerrilhar pelo poder" para concluir seu mandato como um simples "tocador de obras". O governador argumentou que se desfiliou do DEM para se dedicar ao governo no Distrito Federal.

"Uma lição que tento viver a cada dia é que toda a crise passa. A diferença é como cada um escolhe viver. Minha escolha está feita. Meu compromisso é com Brasília e os brasilienses. Optei por me desvencilhar de qualquer amarra política, desisti de guerrilhar pelo Poder e honrar meus trabalhos com o Distrito Federal. Hoje venho a esta Casa despido de amarras partidárias e pretensões políticas. Estou diante dos senhores como um administrador investido de uma única ambição continuar o governo. Um tocador de obras em tempo integral", disse.

Fonte: Folha Online (Com alterações na ilustração)

José Alencar governador?

Diante o impasse entre PT e PMDB sobre a candidatura ao governo mineiro, o nome do vice-presidente José de Alencar está sendo apontado como possível solução para esse problema. Segundo matéria do Correio Braziliense, defensores da candidatura do vice-presidente estão começando “uma romaria para tentar viabilizar a tese, vista como terceira via para solucionar o impasse que virou a disputa pelo Palácio da Liberdade,”. O assunto deve ser tratado na próxima semana entre Alencar, representantes do PT e a direção nacional do PCdoB. No PT, o ministro Patrus Ananias já disse que abre mão para Alencar e o ex-prefeito de BH, Fernando Pimentel também já admitiu essa possibilidade, durante a visita de Dilma a Jacutinga, no sul de Minas, na última sexta-feira.

Fonte: O Povo

Lúcio Alcântara entra no debate do estaleiro

Quem está gostando da arenga entre a prefeita Luizianne Lins (PT) e o governador Cid Gomes (PSB) é o ex-chefe do Executivo estadual, Lúcio Alcântara (PR). Ele, que teve problemas para realizar empreendimentos em Fortaleza com Luizianne na Prefeitura, escreveu nesta terça-feira, em seu blog:

“Afinal a prefeita dá um grito em defesa da cidade e da sua competência funcional.

“Declara, esta cidade tem prefeita, numa reação às manobras do governador para implantar um estaleiro naval na praia do titanzinho a revelia da prefeitura e da lei.

“O plano diretor de Fortaleza veda a implantação de equipamentos dessa natureza naquela região.

“Os argumentos do governador a favor da obra vão do terrorismo econômico à puerícia. Simplifica o debate com argumentos frágeis, que ofendem a inteligência até das pessoas mais simples.

“Ironiza os surfistas, e diz que o plano diretor não permite o estaleiro porque à época não se falava nisso.
Vindo de um ex prefeito a afirmação denuncia uma ignorância técnica inadmissível.

“Do ponto de vista político a articulação do governador junto aos vereadores, na ausência da prefeita, em favor do estaleiro, foi um desrespeito à aliada e gestora da cidade.

“Refém, por necessidade eleitoral e anemia financeira e administrativa, a prefeita cedeu espaço ao governador que assumia aos poucos o controle das intervenções na cidade sob seu olhar complacente.

“Exemplo do que digo é a construção do centro de feiras, sem estudo prévio de impacto sobre o tráfico e o meio ambiente, iniciada a obra sem as indispensáveis licenças ainda hoje cobradas pelo Ministério Público.”

Fonte; O Povo / Blog Política

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

PT e PSB se encontram com Ciro para discutir candidatura ao governo de SP

Dirigentes de oito partidos --PSB, PT, PDT, PC do B, PTC, PRB, PSC e PTN-- irão se reunir com o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) na próxima semana para discutir a candidatura do parlamentar ao governo paulista. O encontro está marcado para o próximo dia 12, em São Paulo.

Os partidos, que fazem oposição em São Paulo ao governador José Serra (PSDB), acertaram que Ciro é um nome de consenso para o governo paulista.

"Caso Ciro venha para São Paulo, esses partidos apoiam a candidatura dele", disse o presidente do PSB-SP, deputado Márcio França, que participou na tarde desta segunda-feira de um encontro com os representantes dos partidos. Foi a terceira reunião dos dirigentes.

O deputado afirma que esses partidos, juntos, teriam mais de nove minutos de propaganda eleitoral. "É a primeira vez que isso aconteceria em São Paulo", disse.

Nesta segunda-feira, o deputado Antonio Palocci (PT-SP) comunicou oficialmente ao comando do PT paulista que desistiu de concorrer ao governo de São Paulo.

Márcio França diz que os dois partidos estão fazendo pesquisas para saber se é melhor Ciro ser candidato à Presidência ou ao governo paulista. Para ele, Ciro só deve se decidir próximo a 15 de março, dia definido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva como prazo final para a escolha do deputado.

Se Ciro não aceitar concorrer em SP, o PSB deve ter como candidato o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf. Segundo França, o presidente do PT São Paulo, Edinho Silva, está disposto a conversar sobre essa possibilidade.

Fonte: JusBrasil

Candidatura do PMDB é irreversível, diz Andrade

Dirigente diz que o ministro Hélio Costa vai disputar independentemente do cenário nacional

Não foi preciso mais de 48 horas para que o presidente do PMDB mineiro, deputado federal Antônio Andrade, rebatesse a tese petista discutida no sábado, de que a chance de o PT lançar candidato próprio a governador é de 110%.

O PT possui dois pré-candidatos: o ministro de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, e o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel. A insistência das duas legendas desenha um cenário de palanque duplo para a presidenciável petista, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.

Nesta segunda-feira (1), em almoço com o presidente do PSB mineiro, deputado estadual Wander Borges, Andrade afirmou que a candidatura própria do PMDB em Minas independe da situação nacional e estadual.

"O PMDB terá a candidatura própria do ministro das Comunicações, Hélio Costa, ao Governo de Minas em qualquer situação. O PMDB terá candidatura própria independentemente do cenário nacional e estadual", disse o cacique peemedebista, em referência à recente pré-candidatura à Presidência da República do governador do Paraná, Roberto Requião, e à hipótese de o vice-presidente, José Alencar (PRB), disputar o Palácio da Liberdade.

"Acredito que José Alencar irá candidatar-se ao Senado. Trabalho com esta informação oficial", argumentou o peemedebista. Ele disse ainda que as conversas com o PSB ficam em aberto por causa da indefinição nacional.

Já o dirigente do PSB informou que sua legenda em Minas aguarda definição sobre a candidatura do deputado federal e ex-ministro Ciro Gomes, cotado para a Presidência da República ou o Governo de São Paulo.

Borges confessou que, caso a opção do PSB seja pela candidatura de Ciro Gomes à Presidência, a tendência é de que o partido também dispute o Palácio da Liberdade com um nome próprio. Hoje, completou ele, o nome seria o do ex-ministro das Relações Institucionais Walfrido dos Mares Guia. Outro nome na chapa majoritária do PSB é do ex-embaixador do Brasil em Cuba Tilden Santiago.

Wander Borges assinalou que o cenário atual é de um "tabuleiro de xadrez muito complicado", e disse ainda não saber se a legenda poderá integrar a base de apoio da candidatura do atual vice-governador Antonio Anastasia (PSDB). Na semana passada, a professora Ana Lúcia Gazzola, que é filiada ao PSB, foi nomeada para o cargo de secretária de Estado de Desenvolvimento Social. O presidente do PSB avisou que, independentemente das costuras eleitorais, o partido não exigirá que Gazzola deixe o posto.

Fonte: Hoje em dia

PEC altera data da posse do presidente e de chefes do Executivo

O próximo presidente da República, o vice-presidente, os governadores e seus respectivos vices, que serão eleitos no pleito de 2010, bem como os prefeitos e vice-prefeitos vitoriosos na eleição de 2008, poderão ganhar um dia de mandato. É o que ocorrerá, na prática, se proposta de emenda à Constituição (PEC)do senador Março Maciel (DEM-PE), a PEC 51/06 , for aprovada. A intenção do senador é transferir de 1º de janeiro para o dia seguinte, 2, a posse dos mandatários do Executivo.

A proposta original de Março Maciel era deslocar a posse dos novos mandatários para o dia 3 de janeiro. A data foi alterada para o dia 2 quando a matéria tramitou na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Retirar a posse de 1º de janeiro tem o objetivo de facilitar a presença de líderes brasileiros e estrangeiros, além da própria sociedade, nas cerimônias de posse.

Autor: Roberto Homem / Agência Senado

Projeto de Jarbas Vasconcelos impõe regras para divulgação de pesquisas eleitorais

Nos 15 dias que antecedem a realização de eleições fica proibida a divulgação de pesquisas eleitorais cuja margem de erro seja superior a um ponto percentual. É o que propõe o Projeto de Lei do Senado (PLS) nº 366/09 , de autoria do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), que tramita em caráter terminativo na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), tendo como relator o senador Valter Pereira (PMDB-MS). A proposta altera a chamada Lei das Eleições (Lei 9.504/97), mas, caso não seja aprovado, não valerá para o pleito de outubro deste ano.

O projeto de Jarbas Vasconcelos acrescenta dois artigos à Lei das Eleições: o artigo 33-A estabelece que, nos 15 dias anteriores à data de eleição, "não se admitirá o registro de pesquisa cuja margem de erro seja superior a um ponto percentual ou cujo intervalo de confiança seja inferior a 97%". A mesma regra valerá para as pesquisas "cujo último dia do período de realização ou a data de sua divulgação situem-se nos 15 dias anteriores à eleição".

Já o artigo 33-B estabelece que entidades ou empresas que realizem pesquisa de opinião pública sobre as eleições ou candidatos não poderão, "desde o dia 10 de junho do ano em que se realizarem as eleições", prestar serviços de assessoria política ou de imagem aos candidatos, partidos e coligações (ou a empresas e instituições a eles ligadas).

O projeto também altera o artigo 33 da Lei de Eleições acrescentando que do registro de pesquisas eleitorais conste o nome do diretor-técnico responsável pela pesquisa.

Na justificação do projeto, Jarbas Vasconcelos argumenta que, nos últimos pleitos realizados no Brasil "têm-se visto inúmeros casos de divulgação de pesquisas que em nada representavam a vontade popular".

O senador explica ainda que seu projeto altera a redação do artigo 33 da Lei das Eleições para "endurecer as sanções aplicáveis a quem divulga pesquisa sem o devido registro ou quem deturpa os dados com vistas à manipulação do pleito". De acordo com o texto do senador, a divulgação de pesquisa sem prévio registro sujeitará seus responsáveis a multa de R$ 50 mil a R$ 300 mil.

Já quem divulgar pesquisa fraudulenta ou com resultados adulterados estará sujeito a pena de detenção de um a dois anos e multa de R$ 50 mil a R$ 300 mil. Os reincidentes poderão ser condenados ao dobro da pena e ao dobro da multa, ficando impedidos de divulgar pesquisa eleitoral pelo prazo de quatro anos.

Autor: Augusto Castro / Agência Senado

CNT/Sensus dá empate técnico entre Serra e Dilma, mas só quando Ciro Gomes continua como candidato

· cenário é de 33,2% para tucano e 27,8% para petista
· se Ciro Gomes sai, Serra vai a 40,7% e Dilma fica com 28,5%
· margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais
A mais recente pesquisa do instituto Sensus, bancada pela Confederação Nacional do Transporte, traz uma notícia muito boa e outra ruim para o PT. A boa é que a petista Dilma Rousseff está empatada tecnicamente com o tucano José Serra em primeiro lugar na disputa pelo Palácio do Planalto quando se considera a margem de erro da pesquisa. A notícia ruim é que esse cenário só existe quando Ciro Gomes (PSB) está no páreo.

Como Serra tem 33,2%, pode variar de 30,2% a 36,2% (a margem de erro é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos). E Dilma, de acordo com a margem de erro da Sensus, pode variar de 24,8% a 30,8%. Ou seja, se Serra estiver próximo de seu limite mínimo e Dilma próxima de seu limite máximo, ambos estariam hoje juntos.

A julgar pelo cenário atual, a polarização apenas entre PSDB e PT, tão desejada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ainda depende da presença de Ciro Gomes na lista de candidatos. Até porque, se Ciro sai e se a eleição fosse hoje, José Serra iria a 40,7% e praticamente levaria no primeiro turno –pois a soma de Dilma e de Marina Silva (PV) daria 38%. Como a margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais, não se pode afirmar que o tucano ganha no primeiro turno com 100% de certeza.

É necessário sempre ressalvar, entretanto, que a eleição é só em 3 de outubro e há uma candidata claramente em linha ascendente (Dilma) e outro (Serra) que às vezes cai e às vezes se mantém estável na faixa acima dos 30% (e batendo em 40% quando Ciro está fora).

No caso de Marina Silva, a situação não é das melhores. Ela varia de 6,8% a 9,5%. Nesta semana, terá seus 10 minutos na TV (no programa partidário do PV). É a esperança que tem para atingir um público mais amplo.

Já Ciro Gomes também tem, a exemplo do PT, duas notícias, uma boa outra ruim. A boa é que o PT depende de Ciro, pelo menos por enquanto, para levar a disputa com folga para o segundo turno. A notícia ruim é que o deputado federal pelo PSB do Ceará está com apenas 11,9%, bem atrás dos 27,8% de Dilma.

Todas as pesquisas eleitorais para 2010 já divulgadas estão no maior levantamento disponível na web aqui neste blog.

A seguir, os números da pesquisa Sensus divulgada hoje (1.fev.2010):

Cenário com Ciro:

José Serra - 33,2%

Dilma Rousseff - 27,8%

Ciro Gomes - 11,9%

Marina Silva - 6,8%

Nenhum/Branco/Nulo - 10,5%

NS/NR - 9,9%

Cenário sem Ciro

José Serra - 40,7%

Dilma Rousseff - 28,5%

Marina Silva- 9,5%

Nenhum/branco/ Nulo - 11,4%

NS/NR - 10%

Metodologia

2.000 entrevistas

Margem de erro: 3 pontos percentuais

Data da coleta de dados: de 25 a 29 de janeiro de 2010

Fonte: Fernando Rodrigues