sexta-feira, 5 de março de 2010

Ciro critica a pressão em cima de Aécio

O deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE), pré-candidato à Presidência da República, criticou a pressão que está sendo feita pelo PSDB e pelo DEM para que o governador Aécio Neves (PSDB) aceite ser candidato a vice-presidente em uma chapa encabeçada pelo governador paulista, José Serra. Disse ainda que o governador mineiro não pode ser “manipulado” pelo PSDB como se fosse apenas um “instrumento eleitoral, por aqueles que querem ver Minas de for a do poder”. A pressão para Aécio ser vice aumentou depois das recentes pesquisas que apontam a queda de Serra e o crescimento da candidata do PT, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.

“A turma de São Paulo quer resolver esse problema no gabinete. Querem tirar a política do povo. O Aécio tem delegação de Minas Gerais para ser presidente, não para ser vice de um cara que impede ele de ser presidente”, afirmou Ciro, que reiterou mais uma vez que pretende disputar o Palácio do Planalto. Segundo ele, uma eleição com Dilma, Aécio e ele como candidatos facilitaria um entendimento futuro e enterraria a política de ódio e a disputa entre o PT e o PSDB de São Paulo , que domina o poder desde a eleição de Fernando Henrique Cardoso, em 1994

“A radicalização provinciana da política de São Paulo entre o PT e o PSDB tem feito muito mal ao país. E o Aécio vindo pelo PSDB, a Dilma pelo PT e eu saindo pelo PSB o Brasil inaugura uma nova fase, em que a política enterra o ódio, para refundarmos no Brasil a prática do diálogo”. Segundo o deputado, nessa situação, o vencedor poderá estender a mão para os vencidos e receber deles a cooperação. “Com isso a gente exclui esses setores que não saem do poder nunca”, afirmou.

Alianças
Com discurso de candidato, criticou até as alianças feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para governar e o acordo PT-PMDB, base da candidatura da ministra Dilma. “O Fernando Henrique Cardoso sob o pretexto de que precisava arrumar maioria se agarrou a tudo que não presta na política. Aí o Lula vem para a política, o PSDB não dialoga e ele se agarra com quem? Com tudo que não presta na política” atacou o ex-ministro. Ciro chamou a atenção para o fato de o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) ser peça central do PT no Senado depois de ter sido ministro da Justiça do governo Fernando Henrique e de o líder do governo Lula na Casa, Romero Jucá (PMDB-RR) ter sido líder também do governo tucano. “Não é possível isso”, disse Ciro.

Pressionado pelo Palácio do Planalto a desistir da corrida presidencial e disputar o governo de São Paulo, Ciro Gomes reafirmou que é candidato à Presidência da República. Depois do discurso de ataque ao PT e ao PSDB paulista, o deputado pediu votos a um repórter que o entrevistava antes do início da cerimônia. “Sou candidato a presidente da República e peço seu voto se você não achar um melhor do que eu”, afirmou Ciro, mostrando disposição para a campanha à sucessão de Lula

Correio Brasiliense

Os últimos passos de Aécio no governo

O governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), viajará a pelo menos seis cidades na semana que vem, levando a tiracolo seu candidato para as eleições de outubro, o vice Antônio Anastasia. Desta vez, os principais focos serão as regiões do Triângulo, Oeste e Sul de Minas. Os destinos das semanas seguintes ainda não estão confirmados. Durante a inauguração de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), em São João del-Rei, ontem, Aécio disse que encerrará sua participação no governo voltando à cidade do avô, no início do mês que vem, para participar de um último ato no cargo, durante a Semana Santa.

"Vou me despedir do governo no próximo dia 2 de abril, sexta-feira da paixão, até mesmo pelo simbolismo que esse último momento tem. (Estarei) na procissão do enterro, mantendo a nossa tradição familiar que era do meu avô Tancredo, carregando a lanterna, ao lado do espírito do senhor morto", disse Aécio, que no dia anterior participou das celebrações em homenagem aos 100 anos de nascimento de Tancredo Neves. O início do mês de abril é o prazo para que o governador deixe o cargo para ser candidato nas eleições de outubro.

Anastasia era aguardado, ontem, para a inauguração da UPA em São João del-Rei, mas mudou os planos e viajou a Goiás, para representar Aécio no aniversário do senador Marconi Perillo (PSDB), pré-candidato ao governo do estado. Lá também estaria o governador de São Paulo, José Serra (PSDB). De acordo com a assessoria do Palácio da Liberdade, Aécio e Anastasia viajarão a partir da semana que vem para fazer inaugurações e anunciar investimentos. O périplo começa na segunda-feira por Uberlândia, no Triângulo Mineiro. No dia seguinte, a dupla deverá estar em Ituiutaba, na mesma região. Até o fim da semana, eles também passarão por Uberaba, também no Triângulo, Varginha, no Sul de Minas, Divinópolis e Nova Serrana, na Região Oeste.

Diario de Pernambuco

Três passos para o entendimento

Humberto Costa e João Paulo estabelecem roteiro para tentar definir candidato ao Senado sem necessidade de prévias

No encontro realizado ontem, em Brasília, entre o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, o ex-prefeito do Recife João Paulo (PT) e o secretário estadual das Cidades, Humberto Costa (PT), para definir quem será o nome do PT no Senado na chapa do governador Eduardo Campos (PSB) ficou acertado três passos para um entendimento. A intenção dessa estratégia é dar um tempo para as desavenças serem resolvidas e evitar um desgaste desnecessário para a campanha da ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT).


Foto: Credito: Sergio Figueiredo/Divulgação - 4/1/07
O primeiro passo refere-se à realização ou não de prévias. O final de março foi o prazo estipulado para que o PT no estado decida se realizará ou não a disputa interna. Até lá, a orientação da direção nacional é ter muita conversa entre as duas principais lideranças de Pernambuco. O segundo passo é tentar distensionar o clima de acirramento que se instalou entre os integrantes da tendência de Humberto, a Construindo um Novo Brasil (CNB), e o de João Paulo, o Campo de Esquerda Unificado (CEU). O terceiro passo inclui uma reunião individual entre cada postulante com o presidente Lula e outra com Dilma. O presidente do PT nacional se comprometeu em articular os encontros.

Se depois de todo esse ritual os dois não chegarem a um consenso sobre quem deve disputar o Senado, o caminho será a prévia, mesmo contrariando a recomendação da Executiva Nacional do PT, aprovada ontem pelo diretório nacional. A orientação é evitar as prévias nos estados. Apesar da conversa entre Dutra, Humberto e João Paulo não ter chegado a um "denominador comum" quanto ao nome do PT que disputará o Senado, serviu pelo menos para mudar o clima de acirramento entre os dois. Eles classificaram o encontro como tranquilo e positivo.

O diálogo com Dutra durou cerca de 40 minutos. Humberto esteve acompanhado do presidente regional do PT, Jorge Perez e da deputada estadual Teresa Leitão (PT). Os dois fazem parte da CNB. João Paulo foi sozinho. Por telefone, o ex-prefeito disse que os dois acertaram para cada um falar com seu pessoal. "O objetivo é fazermos o máximo para distensionar os dois grupos. Ele vai conversar com a CNB e eu com o CEU. Também solicitamos um encontro com Lula e Dilma. O final de março foi definido para escolheremos que caminho tomaremos. Se será o entendimento ou a prévia", afirmou. Segundo João Paulo, o nacional "jogou pesado" para não ter prévias nos estados, mas o estatuto do partido prevês a disputa interna se não houver consenso. "Se tiver será uma prévia rápida. Mas isso só ocorrerá se não tiver jeito", afirmou João Paulo.

Segundo Humberto, se até março um deles decidir abrir mão da disputa a questão estará resolvida. "Senão vamos definir qual o melhor fórum de decisão. Se será o encontro estadual ou a prévia. Também ficou acertado uma conversa entre João Paulo e eu. Mas ela não será pública", antecipou o petista. Em sua avaliação, os encontros com Dilma e Lula serão importante para que cada um explique o que pretende, detalhar suas qualidades para concorrer ao Senado e tambémpara ouvir o que eles têm a dizer. "Temos que encontrar um caminho dentro do partido para resolver a questão. A prévia será a última instância. Vamos tentar uma solução que não precise dela. Só se não tiver jeito nenhum", destacou.

Diario de Pernambuco

Novas denúncias sugerem que Arruda era informado de operações antecipadamente

Depoimentos foram revelados nesta sexta-feira

Depoimentos colhidos pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) revelam que o governador licenciado, José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM), mantinha uma rede de informações que funcionaria a partir dos serviços prestados por integrantes da cúpula da Polícia Civil no DF.

Este material foi divulgado um dia após a vice-procuradora da República, Deborah Duprat, ter defendido no Supremo Tribunal Federal (STF) a manutenção da prisão de Arruda. Em sua fala, ela argumentou sobre a importância do afastamento do governador licenciado para o surgimento de novas denúncias.

— Temos provas recentes que mostram que várias provas só foram obtidas agora depois da prisão do governador. Policiais civis tiveram coragem, agora, porque o governador está preso, de denunciar que em outras duas operações o governador tinha interferido para impedir que houvesse a investigação a respeito de Marcelo Toledo e de um outro doleiro —, revelou a vice-procuradora.

A suspeita era investigada desde a apreensão de documento pela Polícia Federal na casa de Domingos Lamoglia, ex-chefe de gabinete de Arruda. O documento continha anotações sobre a Operação Tellus, que investigava a cobrança de propina na Secretaria de Desenvolvimento Econômico, na época comandada pelo então vice-governador, Paulo Octácvio.

Os policiais civis citados por Debora são o ex-diretor do Departamento de Atividades Especiais (Depate) Celso Moreira Ferro Júnior, o sucessor dele no Depate, delegado Cícero Jairo, e o ex-diretor do Departamento da Polícia Judiciária da Capital (Decap) Marco Aurélio Vergílio de Souza.

Em depoimento, Ferro Júnior revelou que havia sido contratado por Arruda para espionar adversários políticos e conseguir informações sobre possíveis ações policiais que pudessem comprometer o governo.

- Arruda era informado com alguns dias de antecedência da realização desta ou daquela operação -, disse Ferro Júnior.

O policial afirmou ainda existir um relatório sobre a investigação que apurava direcionamento de licitações em publicidade para empresas vinculadas ao ex-secretário de Comunicação do DF Welligton Moraes. Moraes foi preso pela mesma ordem expedida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) que ordenou a detenção de Arruda. As informações são do site G1.

ZEROHORA

Justiça Eleitoral proíbe inauguração de obras para todos os candidatos

Candidatos nas eleições de 2010 estão proibidos, a partir de 3 de julho, de participar de inaugurações de obras públicas. Antes, a Justiça Eleitoral proibia apenas candidatos a presidente, governador e vice. O calendário eleitoral foi publicado hoje (5) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O calendário também define que a propaganda eleitoral só pode ser feita a partir de 6 de julho.

Já os registros de candidatura devem ser feitos pelos candidatos até o dia 10 de julho. Antes, a Justiça Eleitoral concedia ao candidato 48 horas para o registro depois do encerramento do prazo dado aos partidos políticos. Este novo prazo passa a ser contado a partir da publicação da lista de candidatos pela Justiça Eleitoral.

Outra novidade é que os candidatos deverão apresentar certidões criminais no ato de registro de sua candidatura para as eleições de 2010. Além das certidões criminais emitidas pelas Justiças Estadual e Federal de 1º e 2º graus de seu estado e do tribunal competente nos casos de foro especial, a nova regra exige certidões criminais emitidas pela Justiça Federal e pela Justiça do Distrito Federal de 1º e 2º graus.

O TSE definiu, na última terça-feira (2), as regras para as eleições deste ano. Uma delas permite que o eleitor faça doações para campanhas por meio de cartão de débito e crédito. Já os partidos políticos terão que abrir conta bancária específica para receber recursos eleitorais. Antes, a obrigação recaia apenas sobre comitês financeiros e candidatos.

Por meio da conta bancária, os partidos poderão repassar recursos de campanha para seus candidatos, mas agora terão que informar à Justiça Eleitoral, no prazo máximo de 30 dias depois das eleições, a origem do dinheiro. O TSE quer coibir, com isso, as chamadas doações ocultas, quando as legendas distribuem recursos para candidatos sem informar os doadores.

Nas eleições de 2010, o eleitor que estiver fora de seu domicílio poderá votar em seu candidato à Presidência da República. Para isso, deverá solicitar a transferência provisória do título para uma capital entre os dias 15 de julho e 15 de agosto em um cartório eleitoral.

Contudo, o chamado voto em trânsito só será possível ao eleitor que estiver em dia com suas obrigações eleitorais e está condicionado, ainda, a um número mínimo de solicitações para uma determinada capital. A Justiça Eleitoral só pretende instalar seções especiais de votação nas cidades que receberem pelo menos 50 pedidos de transferência provisória de título

Agência Brasil

Justiça do Rio bloqueia contas de casal Garotinho

Promotores identificaram o desvio de pelo menos R$ 63 milhões, entre 2003 e 2006, no governo Rosinha

Antes mesmo de decidir se recebe a Ação Civil Pública por improbidade administrativa apresentada pelo Ministério Público Estadual contra os ex-governadores Anthony Garotinho e Rosinha Garotinho, além de outros 86 (pessoas físicas e jurídicas), a juíza Mirella Letizia Guimarães Vizzini, da 3ª Vara Cível do Rio, atendeu ao pedido dos promotores e decretou a quebra do sigilo bancário dos réus, o bloqueio dos valores que eles têm em conta e o arresto de todos os bens. Só depois de os envolvidos apresentarem defesa preliminar é que ela decidirá se a ação deve prosseguir.

Na ação os promotores da Procuradoria de Tutela e Cidadania identificaram o desvio de pelo menos R$ 63 milhões, entre 2003 e 2006, no governo de Rosinha Garotinho, pelo repasse de verbas dos órgãos de governo a ONGs que passavam para empresas de fachada. Três delas receberam R$ 30,5 milhões e jamais prestaram serviço ao governo. Elas doaram R$ 600 mil à pré-candidatura de Garotinho à Presidência da República, como ele divulgou no seu blog.

A juíza disse que no processo há "sólidos indícios de improbidade pelos réus". Afirma serem "patentes os indícios de operações financeiras fraudulentas, desvio de verbas públicas e lavagem de dinheiro".

Em seu blog, Garotinho diz que estas doações não aparecem na sua prestação de contas do TRE. "Ao tomar conhecimento que essas ONGs eram subcontratadas de empresas que prestavam serviços ao Estado, determinei ao responsável pela arrecadação dos recursos que devolvesse o dinheiro com cheque nominal a cada uma das ONGs". Para ele, "além de covardes, esses promotores são antiéticos".

Segundo o Ministério Público, na gestão de Rosinha, secretarias de Estado e órgãos governamentais entregaram à Fundação Escola de Serviço Público (Fesp) R$ 426 milhões a pretexto de contratação de pessoal. Para isto foi modificado o estatuto da Fundação que não previa este tipo de serviço.

Do valor recebido, a Fesp repassou R$ 410 milhões (96,01%)a ONGs por convênios sem licitação, com objetivos não explicitados. Destes R$ 410 milhões, 62,76% (R$ 257 milhões) foram para quatro entidades: Inep, Inaap, IBDT e CBDDC . O Ministério Público já identificou o desvio de R$ 63 milhões.

Débora Secco

Outras ONGs eram operadas por Ricardo Seco. Ele, segundo a denúncia, através da Eprim e da Inconsul, repassou R$ 1,05 milhão para a sua conta bancária, a de sua mulher, a da ex-mulher e a de três filhos, entre eles a atriz Débora Secco. Ela também foi denunciada, já que teria recebido R$ 158 mil.

A atriz, segundo sua assessoria, só falará ao conhecer a ação. O advogado Sérgio Tostes, que a defenderá junto com os irmãos e a mãe, nega o envolvimento deles.

Marcelo Auler, da Agência Estado

PT abre inscrições para candidaturas em Minas Gerais

Em reunião da Executiva Estadual na noite de ontem, o PT reafirmou a intenção de lançar candidatura própria ao governo de Minas e antecipou o prazo de inscrições para os candidatos à vaga de 22 de março até 5 de abril. Diante do fortalecimento da pré-candidatura do ministro das Comunicações, Hélio Costa (PMDB), o PT mineiro procura agora estabelecer um roteiro de diretrizes internas para ganhar tempo e tentar recuperar terreno na disputa pela indicação do candidato da base aliada ao Palácio do Planalto no Estado.

O diretório regional aprovou por consenso a criação de uma comissão política para buscar construir um acordo entre o ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, e o ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, ambos pré-candidatos petistas. O objetivo é tentar resolver as rusgas internas e apresentar um candidato único, com apoio de toda a legenda, na costura com o PMDB e o PRB do vice-presidente José Alencar.

Pimentel e Patrus travam uma disputa interna desde a eleição para a Prefeitura de Belo Horizonte, em 2008, quando o ministro rejeitou a aliança do ex-prefeito com o governador Aécio Neves (PSDB). Desde então, os aliados dos dois pré-candidatos empreenderam uma briga fratricida. A constatação é que se o PT-MG não estiver minimamente unido, Costa - líder nas pesquisas de intenção de voto - consolidará sua candidatura. O ministro peemedebista conta a seu favor a prioridade dada à aliança nacional dos dois partidos em torno da candidatura à Presidência da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.

Embora o Diretório Nacional tenha aprovado uma resolução recomendando às seções estaduais que evitem prévias para a escolha de candidatos aos governos e ao Senado, O PT-MG estabeleceu os dias 2 e 16 de maio para a realização das primárias, caso o "diálogo não avance".

Como a tese do palanque duplo encontra forte resistência, tendo sido bombardeada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, petistas e peemedebistas já concordam com uma candidatura unificada e acertaram que o candidato será definido com base em pesquisas quantitativas e qualitativas.

No documento aprovado ontem, o diretório mineiro fala em determinação de ter um candidato próprio filiado ao partido, em "oposição ao projeto neoliberal expresso pela candidatura do vice-governador Antônio Anastasia (PSDB)".

De acordo com a resolução, as eventuais candidaturas de Patrus e Pimentel possuem mais capacidade de crescer "ao longo da campanha eleitoral".

EDUARDO KATTAH - Agencia Estado

PC do B lança Netinho de Paula ao Senado

O impasse do PT em São Paulo já começa a causar efeitos colaterais entre os aliados. Alheio às idas e vindas de Ciro Gomes (PSB), o PC do B decidiu lançar o vereador Netinho de Paula ao Senado. A decisão, tomada em reunião no começo da semana, já foi comunicada aos oito partidos que formam o "bloquinho de esquerda" no Estado. "Trata-se de uma decisão unânime e irreversível da direção do partido. Queremos que ele seja o candidato da frente em São Paulo. O bloco precisa se manter unido", diz Nádia Campeão, presidente estadual do PC do B.

No mesmo encontro os comunistas votaram resolução que pressiona Ciro Gomes a aceitar a candidatura ao governo paulista. Para não perder terreno, o empresário Paulo Skaf - até o momento o único pré-candidato do PSB ao Bandeirantes - visitou, na quarta-feira, a direção estadual do PC do B. Segundo os comunistas, a conversa serviu para "trocar ideias sobre a sucessão presidencial, a disputa ao governo paulista e os principais desafios do próximo governador".

Dentro do PSB também cresce a pressão para que Ciro fique em São Paulo. Principal nome dos socialistas no Estado, a deputada Luiza Erundina avisou que não subirá no palanque de Skaf, nem participará do seu programa de TV. "Seria incoerente. O Paulo Skaf não tem identificação com o partido. Ele veio só para ser candidato. Meus eleitores não entenderiam." No caso da desistência de Ciro, a deputada defende que o advogado Pedro Dallari seja o candidato da legenda. "Ele já disse que topa", diz.

Pedro Venceslau
Ag.Estado

Alckmin: tudo caminha para confirmação da candidatura Serra

Ex-governador desconversou quando perguntado se seria o candidato do PSDB ao Palácio dos Bandeirantes

O ex-governador Geraldo Alckmin (SP) reforçou nesta sexta-feira, 5, a tese de que o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), vai se candidatar à Presidência da República nas eleições deste ano. "A questão nacional está muito bem encaminhada. Tudo caminha para Serra ser o nosso candidato", afirmou Alckmin, após evento em Suzano, na Grande São Paulo.

De acordo com o ex-governador, hoje secretário estadual de Desenvolvimento de Serra, o anúncio do nome do candidato que representará o partido nas eleições presidenciais deste ano sairá este mês. O prazo para que Serra deixe o governo para se dedicar a uma eventual campanha vence em 2 de abril.

Cotado para disputar o governo do Estado nas próximas eleições, Alckmin evitou falar sobre o seu próprio destino político. "Não sou eu que decido. Quem decide é o partido. Primeiro tem a questão nacional, depois tem a de São Paulo", afirmou. "Serra ainda não anunciou a candidatura, então, vamos aguardar. Não há razão para decidir isso hoje", acrescentou.

Alckmin disputa com o secretário estadual da Casa Civil, Aloysio Nunes Ferreira, a indicação do PSDB para concorrer ao Palácio dos Bandeirantes. Desde que passou a integrar a equipe de Serra, após sofrer uma derrota nas eleições municipais de 2008, o tucano vem se dedicando a viabilizar o seu nome. O ex-governador lidera com folga as pesquisas de intenção de voto para o cargo.

Agencia Estado

Marina Silva pede mais força a órgãos de fiscalização

A senadora e pré-candidata à Presidência da República pelo PV, Marina Silva (AC), defendeu hoje, no Rio, o fortalecimento dos órgãos de fiscalização e controle como método para combate à corrupção no País. Em discurso na Câmara Municipal de São Gonçalo, onde foi homenageada, Marina lamentou que o nível de desvio de dinheiro público no Brasil tenha atingido patamares "extremamente altos". Segundo ela, o mesmo volume de recursos que é aplicado em saúde e educação é desviado por corruptos em todos os níveis do poder público.

"O combate à corrupção é algo que precisa ser feito em todas as frentes. Uma delas é o fortalecimento dos órgão de fiscalização e controle, como o Ministério Público, o Tribunal de Contas e o próprio órgão do governo responsável pelo tema", argumentou a pré-candidata do PV. Com o discurso, a senadora se coloca em posição diversa da do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que nos últimos meses, vem reclamando do excesso de vigor dos órgãos de fiscalização do Estado.

Marina foi homenageada com o título de cidadã gonçalense e com a mais alta comenda da Câmara Municipal de São Gonçalo. Ela ainda foi recebida por vereadores de Niterói que também promoveram uma solenidade de apoio à sua pré-candidatura. A senadora fica até domingo no Rio, onde manterá extensa agenda de compromissos política.

Yahoo

PCdoB declara apoio à pré-candidatura de Dilma

Aliado histórico do PT, o PCdoB certificou hoje a continuidade da parceria com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aprovou o apoio da legenda à pré-candidatura da ministra Dilma Rousseff à sucessão no Palácio do Planalto.

Em reunião de cerca de seis horas, os 27 membros que integram a Comissão Política do Comitê Central do PCdoB reafirmaram, por unanimidade, resolução aprovada em fevereiro pela Executiva Nacional, segundo a qual a sigla daria apoio ao candidato escolhido pelas legendas que compõem a base de sustentação ao governo do presidente Lula.

A adesão à chapa presidencial encabeçada pelo PT será oficialmente anunciada no início de abril, em Brasília. As lideranças do partido ainda não definiram se a solenidade será realizada no dia 8 ou 15 de abril.

Ainda na reunião de hoje, o partido fechou questão sobre a criação de uma cúpula suprapartidária, com integrantes do PCdoB e do PT, para evitar que divergências regionais comprometam a composição nacional entre as duas legendas. O partido tem trabalhado para dar prioridade à eleição a cargos legislativos, procurando fortalecer a sigla no Congresso Nacional. A meta é eleger 20 deputados federais e 2 senadores. Hoje a bancada na Câmara tem 13 nomes e o partido tem apenas 1 senador.

O secretário nacional de Organização, Walter Sorrentino, explicou que a legenda quer estar ao lado do PT nos 26 Estados e no Distrito Federal. "Buscamos evitar as divisões regionais, que apenas prejudicam os planos nacionais. Até o momento, o PCdoB não rivaliza com nenhum pré-candidato petista que pretende concorrer aos governos estaduais", afirmou.

Na ata da reunião de hoje, o PCdoB chama a pré-candidata petista de "de uma mulher cuja personalidade política se forjou na luta democrática". O documento elogia o governo petista e defende a estratégia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de polarizar a disputa eleitoral entre PT e PSDB.

"Estão em confronto dois campos políticos antagônicos. A aliança de partidos liderada pelo presidente Lula versus legendas que sustentaram o governo neoliberal do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que levou o Brasil à ruína", critica. "Neste embate político, não há meio termo. Seu resultado ou garantirá a continuidade do ciclo político atual, ou será o retrocesso com o retorno daqueles que arrasaram o Brasil. É uma oposição de passado fracassado e de futuro temerário", diz o texto da ata da reunião.

São Paulo

O discurso de unidade com os petistas, no entanto, sofreu na semana passada o seu primeiro revés. O PCdoB lançou o vereador Netinho de Paula (SP) ao Senado Federal, sem consultar a opinião dos seus aliados no Estado. A decisão, de acordo com a presidente estadual do PCdoB em São Paulo, Nádia Campeão, é "irreversível".

Lideranças nacionais da sigla avaliam o gesto como um ato de protesto do PCdoB contra impasse do PT na escolha de um candidato à sucessão no Palácio dos Bandeirantes. Os petistas já articulam um plano B, mas ainda estão reféns do deputado Ciro Gomes (PSB), que ainda não decidiu se será candidato ao governo do Estado ou à Presidência da República.

Yahoo

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Pesquisa mostra Serra com 36% e Dilma com 25%

Pesquisa Ibope/Diário do Comércio, encomendada pela Associação Comercial de São Paulo e realizada entre os dias 6 a 9 deste mês, indica que a corrida à sucessão presidencial de outubro continua polarizada pelos pré-candidatos do PSDB e do PT, respectivamente o governador de São Paulo, José Serra, e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Nessa mostra, Serra tem 36% das intenções de voto e Dilma 25%. Em terceiro lugar está o deputado federal Ciro Gomes (PSB) com 11%, seguido da senadora Marina Silva (PV) com 8%. O porcentual de votos brancos e nulos somou 11% e dos que disseram não saber em quem vota atingiu 9%.
A última pesquisa divulgada pelo Ibope foi no dia 7 de dezembro do ano passado. Na mostra, encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), José Serra registrava 38% das intenções de voto, seguido de Dilma Rousseff com 17%, Ciro Gomes com 13% e Marina Silva com 6%. Naquela pesquisa, o porcentual de votos brancos e nulos atingiu 13% e dos que disseram não saber em quem votar ou não quiseram responder somou 12%.
No cenário sem Ciro Gomes, a pesquisa Ibope/Diário do Comércio aponta José Serra com 41%, Dilma Rousseff com 28%, Marina Silva com 10%, brancos e nulos 12% e não sabem ou não opinaram 9%.
Na simulação de um eventual segundo turno entre José Serra e Dilma Rousseff, o tucano lidera com 47% e Dilma registra 33%.
A maior rejeição apontada pela pesquisa é de Ciro Gomes, com 41%, seguido de Marina Silva com 39%, Dilma Rousseff com 35% e José Serra com 29%.
Continuidade
A pesquisa Ibope/Diário do Comércio avaliou também o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para 47% dos entrevistados, a administração de Lula é boa, para 29% é ótima, para 19% é regular, para 3% é péssima e para 2% é ruim.

A mostra indagou ainda o que os eleitores gostariam que o próximo presidente fizesse. Do total de entrevistados, 34% querem a total continuidade do atual governo, 29% querem pequenas mudanças com continuidade, 25% querem a manutenção de apenas alguns programas com muitas mudanças e 10% querem a mudança total do governo do País. Para 78% dos entrevistados, o presidente Lula é confiável, enquanto 18% disseram não confiar no presidente.

A pesquisa, que será divulgada amanhã pelo Diário do Comércio, foi realizada com 2.002 eleitores em 144 municípios de todo o Brasil. O intervalo de confiança estimado é de 95% e a margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. Esta pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral, sob o protocolo nº 3196/2010.

Yahoo

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Aos 30 anos, PT não gera mais medo, diz presidente da Fiesp

Uma das transformações mais notáveis do PT é a relação com o empresariado. De ameaça à estabilidade econômica e democrática, Lula passou à condição de quase unanimidade, arrecadando prêmios do setor no Brasil, como "Operário nº 1", e no exterior, como "Estadista do Ano", concedido pelo Fórum Econômico Mundial

"Tenho certeza de que o medo do PT não existe mais", afirma o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, que apoiou Lula em 2002.

De acordo com ele, o relacionamento do empresariado com Lula e também com o PT é "excelente", "de carinho".

Nem sempre a relação com a entidade foi amena. Em 1989, seu então presidente Mário Amato afirmou que a vitória de Lula levaria 800 mil empresários a deixar o país. Em 1994, outro presidente da principal entidade industrial do Brasil, Carlos Eduardo Moreira Ferreira, disse, sobre a candidatura petista, que o país corria o risco de "eleger um presidente que condenaria o Brasil ao atraso".

Mesmo em 2002, os bancos de investimento norte-americanos Merrill Lynch e Morgan Stanley Dean Witter rebaixaram a recomendação para negócios com títulos da dívida brasileira por considerar que a taxa de risco do país era maior pela possibilidade de que Lula vencesse as eleições.

Até a década de 90, quem fez o trabalho de aproximar Lula do empresariado foi Oded Grajew, empresário que hoje atua na área social. "Eu abri as portas do setor empresarial para o Lula e para o PT, e isso leva tempo, porque você tem que desmontar uma série de preconceitos mútuos. Você tem que aproximar as pessoas, desmistificar coisas", diz ele.

Entre os principais medos estavam mudanças bruscas na economia, fuga de capitais, a invasão de terras produtivas e desapropriação até nas cidades.

"Hoje existe o entendimento no empresariado que os acertos do governo foram maiores do que os erros", diz o economista Roberto Segatto, presidente da Abracex (Associação Brasileira de Comércio Exterior).

Para muitos empresários, a forma como o governo lidou com a crise --em especial estimulando o consumo-- foi definitiva para uma visão ainda mais positiva da atual gestão.

Folha Online

PMDB governista vence 1º round e reforça Temer para chapa de Dilma

Liminar de grupo de Quércia é derrubada e convenção reelege presidente do partido com 591 dos 597 votos

O deputado Michel Temer (SP) conseguiu ontem se reeleger presidente do PMDB, apesar da resistência do grupo liderado pelo ex-governador de São Paulo Orestes Quércia. A vitória da chapa única encabeçada pelo atual presidente da Câmara na convenção nacional do partido também consolidou seu nome como candidato a vice da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência. A reeleição foi aprovada por 591 dos 597 convencionais que participaram do encontro.

Apoiado pelos diretórios regionais de Pernambuco, Paraná e Santa Catarina, o grupo de Quércia obteve na sexta-feira uma decisão liminar da Justiça do Distrito Federal impedindo o encontro, mas o recurso foi cassado à noite. Ele, que apoia o governador José Serra (PSDB) para disputar a Presidência, é contrário à formação da aliança nacional entre o PMDB e o PT.

Há ainda setores do partido que defendem a candidatura própria - o governador do Paraná, Roberto Requião, chegou a lançar o seu nome na disputa. O presidente do diretório do PMDB do Paraná, deputado Waldyr Pugliesi, classificou a convenção de "manobra maquiavélica" e acentuou que o nome de Requião continua posto como alternativa.

A vitória de Temer foi celebrada pelo Planalto. "Essa recondução de Michel Temer reforça a participação do PMDB na ideia da pré-candidatura da ministra como sucessora do presidente Lula", disse o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

"O PMDB precisa de muito mais espaço nacional", defendeu Temer. "Sem o PMDB não há condições de conduzir o País." Fortalecido pela reeleição, ele evitou tratar a possível indicação para o posto. "Vice é circunstância política. Só mais adiante vamos verificar qual é a consolidação da aliança e em seguida qual é o melhor nome."

Quércia criticou o que chamou de "antecipação da convenção". "Ela simplesmente impediu a hipótese de uma outra chapa concorrer à eleição do Diretório Nacional. Foi uma afronta ao partido, uma violência contra a democracia e que não repercute bem entre peemedebistas históricos e de coração."

Também cotado para ocupar a vice, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, evitou falar sobre seu futuro político. "A minha absoluta atenção no momento, até o começo de abril, é o Banco Central."

Mesmo argumentando que a discussão sobre a aliança só ocorrerá em junho, o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), defendeu a indicação de Temer. "O candidato que mais aglutina forças."

Fonte: Estadão

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Lindberg quer evitar disputa com Benedita por Senado

Depois de desistir da candidatura ao governo do Estado e se entender com o governador Sérgio Cabral (PMDB), o prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias, está trabalhando para ser o único nome do PT na disputa por uma vaga ao Senado. A chapa de Cabral reservou uma das duas vagas de candidato a senador para o PT, mas a ex-senadora Benedita da Silva, hoje secretária estadual de Assistência Social, também tem intenção de disputar. Lindberg quer evitar que os dois se enfrentem na convenção estadual.

O prefeito prepara um manifesto em favor de sua candidatura e pretende recolher assinaturas de cerca de 260 dos 400 delegados que votam na convenção. Também espera o envolvimento de petistas próximos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na tentativa de fazer Benedita desistir do Senado e ser candidata a deputada, puxando votos para o partido.

Lindberg disse que pretende resolver o impasse até o encontro nacional do PT, que acontecerá entre 18 e 20 de fevereiro, em Brasília. Hoje, o prefeito esteve com o presidente Lula, durante inauguração de um gasoduto da Petrobras em Duque de Caxias, mas disse que não tratou de eleição.

Fonte: Yahoo

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Ciro Gomes será candidato à presidência

O senador Cristovam Buarque acaba de informar que Ciro Gomes será mesmo candidato à presidência. Segundo ele, Ciro acaba de informar isso a jornalistas em Brasília.

Bem, se for verdade isso, muda todo o quadro nacional, e aqui em Mato Grosso o jogo vira também, já que ele sendo candidato a executiva nacional vai querer um palanque aqui, e, se antes a preferência era pela eleição de deputados federais, agora Mauro Mendes passa a ter a preferência da sigla.

Isso pode ser utilizado pelo candidato como um aviso aos partidos menores, que estavam se desgarrando, e que agora podem ter essa garantia da candidatura de Mendes. Para fortalecer ainda mais a sua candidatura, basta que ele, junto a Valtenir, reúna agora com a executiva nacional do partido para transmitir isso aos partidos que ainda têm alguma dúvida.

Fonte: Prosa e Politica

Novo presidente da OAB critica corrupção e falta de vergonha na cara de políticos

O novo presidente nacional da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Ophir Cavalcante, criticou nesta segunda-feira o fato de o Brasil ainda ser uma das nações mais corruptas do planeta (75ª posição, segundo ranking da ONG Transparência Internacional). Segundo ele, o culpado por essa situação são "aqueles [políticos] que não têm vergonha na cara"

Cavalcante tomou posse do cargo ontem. Em seu discurso, destacou a impunidade nos casos de corrupção no Brasil. Como exemplo, usou o escândalo envolvendo o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido).

"Dinheiro em meias, em cuecas, em bolsas, oração para agradecer propina recebida são anomalias inconcebíveis, que demonstram total subversão de valores por parte dos que deveriam dar o exemplo", disse, antes de lembrar que este é um ano eleitoral: "Essa virada ética depende de nós: vamos exigir decência; vamos repudiar pelo voto aqueles que não têm vergonha na cara".

Segundo Ophir, o combate à corrupção e à impunidade será uma das marcas dos três anos de sua gestão. "Ou nos reencontramos com a decência ou naufragaremos. Pois nenhum país avança, nenhum país ingressa no primeiro mundo com as mãos sujas", afirmou.

O advogado disse ainda que a OAB vai defender uma "revolução moral e ética" e que a entidade lutará contra práticas políticas como o loteamento do Estado e o uso de cargos públicos para arrecadar dinheiro e financiar campanha. Ele condenou, por exemplo, o fato de o Brasil ter hoje cerca de 25 mil cargos públicos de livre nomeação.

Ophir foi eleito o novo presidente da OAB no domingo (31). Ele substitui o advogado sergipano Cezar Britto, que estava à frente da instituição desde 2007. Durante a gestão de Britto, ocupou o cargo de diretor-tesoureiro da OAB. Ele ficará no cargo de presidente do Conselho Federal pelos próximos três anos.

Além de Ophir, integram a nova diretoria os advogados Alberto de Paula Machado (vice-presidente); Marcus Vinicius Furtado Coelho (secretário-geral); Márcia Regina Machado Melaré (secretária-geral adjunta) e Miguel Ângelo Sampaio Cançado (diretor-tesoureiro).

Fonte: Folha Online

Tarso anuncia que deixará governo dia 10 para disputar eleição no RS

Pré-candidato do PT ao governo do Rio Grande do Sul, o ministro Tarso Genro (Justiça) anunciou hoje que deixará o governo no próximo dia 10. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva oficializou nesta terça-feira o pedido de saída entregue pelo ministro.

Segundo Tarso, o presidente deve escolher o novo ocupante da pasta até o fim da semana. O ministro disse que tanto o secretário-executivo Luiz Paulo Teles quanto o deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP) têm atribuições para ocupar o cargo.

"Não sugeri nome. Essa é uma atribuição do presidente. Luiz Paulo e Zé Eduardo são compatíveis. O Luis Paulo é um gestor eficiente e o Zé é um jurista qualificado. O ministério estará em boas mãos", disse.

Tarso disse que apresentou hoje um relatório das principais ações do ministério ao presidente, mostrando que a sua saída não trará prejuízo para o governo. "O presidente disse que vai fazer uma exceção e me autorizou a sair no dia 10. Fiz um relato e mostrei que não faria falta eu sair em fevereiro ou em março", afirmou.

O ministro disse que o presidente se comprometeu em ser seu cabo eleitoral nas eleições de outubro. "O presidente me disse que estará junto comigo", disse.

Pelos menos 16 dos 37 ministros já mostraram interesse em disputar cargos no Legislativo e nos Executivos estaduais, incluindo a ministra da Casa Civil, que é pré-candidata do PT ao Palácio do Planalto.

Segundo interlocutores do presidente, a orientação é para que as vagas dos ministros-candidatos sejam preenchidas por secretários-executivos, que estão familiarizados com a rotina das pastas.

Reportagem da Folha publicada nesta terça-feira afirma que Dilma deixará a Casa Civil no final de março para se dedicar à campanha eleitoral e a secretária-executiva do ministério, Erenice Guerra, assumirá seu lugar. A promoção de Erenice é uma decisão pessoal de Dilma.

Erenice, porém, não coordenará o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), vitrine eleitoral de Dilma na campanha. A tarefa ficará a cargo de Miriam Belchior, que atua na Casa Civil como subchefe de articulação e monitoramento e já auxilia Dilma no PAC.

Na semana passada, Erenice também foi escolhida como representante da Casa Civil para presidir o grupo de trabalho responsável por detalhar a proposta de criação da comissão da verdade prevista no Programa Nacional de Direitos Humanos.

MÁRCIO FALCÃO
da Folha Online, em Brasília

Após autoconvocação, aliados de Arruda retomam controle da Câmara do DF e da CCJ

No primeiro dia de trabalho após a autoconvocação, os aliados do governador do Distrito Federal José Roberto Arruda (sem partido) confirmaram a estratégia de controlar o ritmo dos três processos de impeachment contra o chefe do Executivo na Câmara Legislativa.

A ofensiva começou com a eleição do deputado Wilson Lima (PR) para a presidência da Casa. Fiel aliado do governador, Wilson Lima recebeu o apoio de 15 governistas para derrotar o deputado Cabo Patrício (PT), lançado pela oposição. O novo presidente da Casa teria recebido o aval de Arruda depois de se comprometer em assumir o desgaste político de trabalhar pela "governabilidade".

A escolha dele também obedeceu o critério dos governistas de colocar no cargo alguém que estivesse distante do suposto esquema de pagamento de propina. Wilson Lima negou que esteja a serviço do governador. "Eu tenho certeza que tenho personalidade. Tenho três mandatos e sempre agi com austeridade e transparência. Vou conseguir vencer todos os obstáculos", disse.

Wilson Lima substitui o deputado Leonardo Prudente (sem partido), que foi flagrado colocando R$ 50 mil de suposta propina no terno e nas meias. Ele estava afastado pela Justiça do cargo e renunciou na segunda-feira, sem apresentar justificativas. Prudente foi pressionado pelos governistas a entregar a Presidência para evitar que o controle das investigações ficasse nas mãos da oposição.

A outra cartada dos aliados foi apresentada na eleição da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), primeira instância a analisar os pedidos de impeachment. O deputado Geraldo Naves (DEM), amigo do governador e suplente de Paulo Roriz (DEM, secretário de Habitação, ficou na presidência da comissão. A relatoria dos pedidos foi entregue ao líder do governo, deputado Batista das Cooperativas (PRP).

O governista disse que seu parecer será técnico e que não fará nenhum "prejulgamento". Pelas normas da CCJ, Batista tem o prazo de dez dias, renováveis por mais dez, para apresentar um relatório afirmando se os pedidos de afastamento do governador são constitucionais ou não. "Vou analisar com equilíbrio e sensatez sem prejulgamentos", afirmou.
Questionado se tem sido cobrado pelo afastamento de Arruda nas ruas, Batista disse que os eleitores pedem a governabilidade. O relator evitou dizer se a governabilidade significava a manutenção de Arruda no governo.

"Existe um grande clamor nesse sentido [pela governabilidade]. Mas estamos analisando de forma técnica", disse.

Com a movimentação governista, a oposição aposta na Justiça para afastar o governador. A expectativa é que as investigações do STJ (Superior Tribunal de Justiça), do Ministério Público e da Polícia Federal apresentem resultados consistentes contra o esquema de corrupção provocando a saída de Arruda, sem a necessidade de novas ações contra o governador.

Segundo o líder do PT na Casa, Paulo Tadeu, a eleição do novo presidente mostrou que o governador ainda tem força política e influência na Casa capaz de interferir na tramitação dos pedidos de afastamento.

"Realmente a gente entende que o governador Arruda aglutinou 15 parlamentares com o objetivo de dar continuidade a esse processo de evitar que as investigações avancem", disse.

Naves e Batista das Cooperativas ocupam os mesmos cargos da CCJ eleita durante a autoconvocação da Câmara, mas que acabou anulada por decisão da Justiça. O juiz Vinicius Santos Silva, da 7ª Vara da Fazenda Pública no Distrito Federal, considerou viciada a composição da CCJ porque contou com o voto da deputada Eurides Britto (PMDB), que está entre os oito deputados afastados dos pedidos de impeachment de Arruda por suposta participação no esquema de pagamento de propina. No lugar da deputada, entrou o deputado Bispo Renato (PR).

Se um dos três processos de impeachment for aprovado na CCJ, será avaliado ainda por uma Comissão Especial que vai ser criada. Essa Comissão Especial terá o prazo de 10 dias para decidir se as denúncias devem ser aceitas e votadas em plenário. Se for aprovado, abre-se um prazo de 20 dias para o governador apresentar a defesa e um novo parecer precisa ser elaborado e votado em plenário.

Em caso de aprovação, o governador é afastado por 120 dias e com isso começa o processo de cassação, que será analisado por um tribunal composto por cinco desembargadores do TJ-DF (Tribunal de Justiça do Distrito Federal) e cinco deputados distritais.

Sem guerra

Em mensagem encaminhada à Câmara para a reabertura para os trabalhos do Legislativo, Arruda afirmou que "toda crise passa" e que desistiu de "guerrilhar pelo poder" para concluir seu mandato como um simples "tocador de obras". O governador argumentou que se desfiliou do DEM para se dedicar ao governo no Distrito Federal.

"Uma lição que tento viver a cada dia é que toda a crise passa. A diferença é como cada um escolhe viver. Minha escolha está feita. Meu compromisso é com Brasília e os brasilienses. Optei por me desvencilhar de qualquer amarra política, desisti de guerrilhar pelo Poder e honrar meus trabalhos com o Distrito Federal. Hoje venho a esta Casa despido de amarras partidárias e pretensões políticas. Estou diante dos senhores como um administrador investido de uma única ambição continuar o governo. Um tocador de obras em tempo integral", disse.

Fonte: Folha Online (Com alterações na ilustração)

José Alencar governador?

Diante o impasse entre PT e PMDB sobre a candidatura ao governo mineiro, o nome do vice-presidente José de Alencar está sendo apontado como possível solução para esse problema. Segundo matéria do Correio Braziliense, defensores da candidatura do vice-presidente estão começando “uma romaria para tentar viabilizar a tese, vista como terceira via para solucionar o impasse que virou a disputa pelo Palácio da Liberdade,”. O assunto deve ser tratado na próxima semana entre Alencar, representantes do PT e a direção nacional do PCdoB. No PT, o ministro Patrus Ananias já disse que abre mão para Alencar e o ex-prefeito de BH, Fernando Pimentel também já admitiu essa possibilidade, durante a visita de Dilma a Jacutinga, no sul de Minas, na última sexta-feira.

Fonte: O Povo

Lúcio Alcântara entra no debate do estaleiro

Quem está gostando da arenga entre a prefeita Luizianne Lins (PT) e o governador Cid Gomes (PSB) é o ex-chefe do Executivo estadual, Lúcio Alcântara (PR). Ele, que teve problemas para realizar empreendimentos em Fortaleza com Luizianne na Prefeitura, escreveu nesta terça-feira, em seu blog:

“Afinal a prefeita dá um grito em defesa da cidade e da sua competência funcional.

“Declara, esta cidade tem prefeita, numa reação às manobras do governador para implantar um estaleiro naval na praia do titanzinho a revelia da prefeitura e da lei.

“O plano diretor de Fortaleza veda a implantação de equipamentos dessa natureza naquela região.

“Os argumentos do governador a favor da obra vão do terrorismo econômico à puerícia. Simplifica o debate com argumentos frágeis, que ofendem a inteligência até das pessoas mais simples.

“Ironiza os surfistas, e diz que o plano diretor não permite o estaleiro porque à época não se falava nisso.
Vindo de um ex prefeito a afirmação denuncia uma ignorância técnica inadmissível.

“Do ponto de vista político a articulação do governador junto aos vereadores, na ausência da prefeita, em favor do estaleiro, foi um desrespeito à aliada e gestora da cidade.

“Refém, por necessidade eleitoral e anemia financeira e administrativa, a prefeita cedeu espaço ao governador que assumia aos poucos o controle das intervenções na cidade sob seu olhar complacente.

“Exemplo do que digo é a construção do centro de feiras, sem estudo prévio de impacto sobre o tráfico e o meio ambiente, iniciada a obra sem as indispensáveis licenças ainda hoje cobradas pelo Ministério Público.”

Fonte; O Povo / Blog Política

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

PT e PSB se encontram com Ciro para discutir candidatura ao governo de SP

Dirigentes de oito partidos --PSB, PT, PDT, PC do B, PTC, PRB, PSC e PTN-- irão se reunir com o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) na próxima semana para discutir a candidatura do parlamentar ao governo paulista. O encontro está marcado para o próximo dia 12, em São Paulo.

Os partidos, que fazem oposição em São Paulo ao governador José Serra (PSDB), acertaram que Ciro é um nome de consenso para o governo paulista.

"Caso Ciro venha para São Paulo, esses partidos apoiam a candidatura dele", disse o presidente do PSB-SP, deputado Márcio França, que participou na tarde desta segunda-feira de um encontro com os representantes dos partidos. Foi a terceira reunião dos dirigentes.

O deputado afirma que esses partidos, juntos, teriam mais de nove minutos de propaganda eleitoral. "É a primeira vez que isso aconteceria em São Paulo", disse.

Nesta segunda-feira, o deputado Antonio Palocci (PT-SP) comunicou oficialmente ao comando do PT paulista que desistiu de concorrer ao governo de São Paulo.

Márcio França diz que os dois partidos estão fazendo pesquisas para saber se é melhor Ciro ser candidato à Presidência ou ao governo paulista. Para ele, Ciro só deve se decidir próximo a 15 de março, dia definido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva como prazo final para a escolha do deputado.

Se Ciro não aceitar concorrer em SP, o PSB deve ter como candidato o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf. Segundo França, o presidente do PT São Paulo, Edinho Silva, está disposto a conversar sobre essa possibilidade.

Fonte: JusBrasil

Candidatura do PMDB é irreversível, diz Andrade

Dirigente diz que o ministro Hélio Costa vai disputar independentemente do cenário nacional

Não foi preciso mais de 48 horas para que o presidente do PMDB mineiro, deputado federal Antônio Andrade, rebatesse a tese petista discutida no sábado, de que a chance de o PT lançar candidato próprio a governador é de 110%.

O PT possui dois pré-candidatos: o ministro de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, e o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel. A insistência das duas legendas desenha um cenário de palanque duplo para a presidenciável petista, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.

Nesta segunda-feira (1), em almoço com o presidente do PSB mineiro, deputado estadual Wander Borges, Andrade afirmou que a candidatura própria do PMDB em Minas independe da situação nacional e estadual.

"O PMDB terá a candidatura própria do ministro das Comunicações, Hélio Costa, ao Governo de Minas em qualquer situação. O PMDB terá candidatura própria independentemente do cenário nacional e estadual", disse o cacique peemedebista, em referência à recente pré-candidatura à Presidência da República do governador do Paraná, Roberto Requião, e à hipótese de o vice-presidente, José Alencar (PRB), disputar o Palácio da Liberdade.

"Acredito que José Alencar irá candidatar-se ao Senado. Trabalho com esta informação oficial", argumentou o peemedebista. Ele disse ainda que as conversas com o PSB ficam em aberto por causa da indefinição nacional.

Já o dirigente do PSB informou que sua legenda em Minas aguarda definição sobre a candidatura do deputado federal e ex-ministro Ciro Gomes, cotado para a Presidência da República ou o Governo de São Paulo.

Borges confessou que, caso a opção do PSB seja pela candidatura de Ciro Gomes à Presidência, a tendência é de que o partido também dispute o Palácio da Liberdade com um nome próprio. Hoje, completou ele, o nome seria o do ex-ministro das Relações Institucionais Walfrido dos Mares Guia. Outro nome na chapa majoritária do PSB é do ex-embaixador do Brasil em Cuba Tilden Santiago.

Wander Borges assinalou que o cenário atual é de um "tabuleiro de xadrez muito complicado", e disse ainda não saber se a legenda poderá integrar a base de apoio da candidatura do atual vice-governador Antonio Anastasia (PSDB). Na semana passada, a professora Ana Lúcia Gazzola, que é filiada ao PSB, foi nomeada para o cargo de secretária de Estado de Desenvolvimento Social. O presidente do PSB avisou que, independentemente das costuras eleitorais, o partido não exigirá que Gazzola deixe o posto.

Fonte: Hoje em dia

PEC altera data da posse do presidente e de chefes do Executivo

O próximo presidente da República, o vice-presidente, os governadores e seus respectivos vices, que serão eleitos no pleito de 2010, bem como os prefeitos e vice-prefeitos vitoriosos na eleição de 2008, poderão ganhar um dia de mandato. É o que ocorrerá, na prática, se proposta de emenda à Constituição (PEC)do senador Março Maciel (DEM-PE), a PEC 51/06 , for aprovada. A intenção do senador é transferir de 1º de janeiro para o dia seguinte, 2, a posse dos mandatários do Executivo.

A proposta original de Março Maciel era deslocar a posse dos novos mandatários para o dia 3 de janeiro. A data foi alterada para o dia 2 quando a matéria tramitou na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Retirar a posse de 1º de janeiro tem o objetivo de facilitar a presença de líderes brasileiros e estrangeiros, além da própria sociedade, nas cerimônias de posse.

Autor: Roberto Homem / Agência Senado

Projeto de Jarbas Vasconcelos impõe regras para divulgação de pesquisas eleitorais

Nos 15 dias que antecedem a realização de eleições fica proibida a divulgação de pesquisas eleitorais cuja margem de erro seja superior a um ponto percentual. É o que propõe o Projeto de Lei do Senado (PLS) nº 366/09 , de autoria do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), que tramita em caráter terminativo na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), tendo como relator o senador Valter Pereira (PMDB-MS). A proposta altera a chamada Lei das Eleições (Lei 9.504/97), mas, caso não seja aprovado, não valerá para o pleito de outubro deste ano.

O projeto de Jarbas Vasconcelos acrescenta dois artigos à Lei das Eleições: o artigo 33-A estabelece que, nos 15 dias anteriores à data de eleição, "não se admitirá o registro de pesquisa cuja margem de erro seja superior a um ponto percentual ou cujo intervalo de confiança seja inferior a 97%". A mesma regra valerá para as pesquisas "cujo último dia do período de realização ou a data de sua divulgação situem-se nos 15 dias anteriores à eleição".

Já o artigo 33-B estabelece que entidades ou empresas que realizem pesquisa de opinião pública sobre as eleições ou candidatos não poderão, "desde o dia 10 de junho do ano em que se realizarem as eleições", prestar serviços de assessoria política ou de imagem aos candidatos, partidos e coligações (ou a empresas e instituições a eles ligadas).

O projeto também altera o artigo 33 da Lei de Eleições acrescentando que do registro de pesquisas eleitorais conste o nome do diretor-técnico responsável pela pesquisa.

Na justificação do projeto, Jarbas Vasconcelos argumenta que, nos últimos pleitos realizados no Brasil "têm-se visto inúmeros casos de divulgação de pesquisas que em nada representavam a vontade popular".

O senador explica ainda que seu projeto altera a redação do artigo 33 da Lei das Eleições para "endurecer as sanções aplicáveis a quem divulga pesquisa sem o devido registro ou quem deturpa os dados com vistas à manipulação do pleito". De acordo com o texto do senador, a divulgação de pesquisa sem prévio registro sujeitará seus responsáveis a multa de R$ 50 mil a R$ 300 mil.

Já quem divulgar pesquisa fraudulenta ou com resultados adulterados estará sujeito a pena de detenção de um a dois anos e multa de R$ 50 mil a R$ 300 mil. Os reincidentes poderão ser condenados ao dobro da pena e ao dobro da multa, ficando impedidos de divulgar pesquisa eleitoral pelo prazo de quatro anos.

Autor: Augusto Castro / Agência Senado

CNT/Sensus dá empate técnico entre Serra e Dilma, mas só quando Ciro Gomes continua como candidato

· cenário é de 33,2% para tucano e 27,8% para petista
· se Ciro Gomes sai, Serra vai a 40,7% e Dilma fica com 28,5%
· margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais
A mais recente pesquisa do instituto Sensus, bancada pela Confederação Nacional do Transporte, traz uma notícia muito boa e outra ruim para o PT. A boa é que a petista Dilma Rousseff está empatada tecnicamente com o tucano José Serra em primeiro lugar na disputa pelo Palácio do Planalto quando se considera a margem de erro da pesquisa. A notícia ruim é que esse cenário só existe quando Ciro Gomes (PSB) está no páreo.

Como Serra tem 33,2%, pode variar de 30,2% a 36,2% (a margem de erro é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos). E Dilma, de acordo com a margem de erro da Sensus, pode variar de 24,8% a 30,8%. Ou seja, se Serra estiver próximo de seu limite mínimo e Dilma próxima de seu limite máximo, ambos estariam hoje juntos.

A julgar pelo cenário atual, a polarização apenas entre PSDB e PT, tão desejada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ainda depende da presença de Ciro Gomes na lista de candidatos. Até porque, se Ciro sai e se a eleição fosse hoje, José Serra iria a 40,7% e praticamente levaria no primeiro turno –pois a soma de Dilma e de Marina Silva (PV) daria 38%. Como a margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais, não se pode afirmar que o tucano ganha no primeiro turno com 100% de certeza.

É necessário sempre ressalvar, entretanto, que a eleição é só em 3 de outubro e há uma candidata claramente em linha ascendente (Dilma) e outro (Serra) que às vezes cai e às vezes se mantém estável na faixa acima dos 30% (e batendo em 40% quando Ciro está fora).

No caso de Marina Silva, a situação não é das melhores. Ela varia de 6,8% a 9,5%. Nesta semana, terá seus 10 minutos na TV (no programa partidário do PV). É a esperança que tem para atingir um público mais amplo.

Já Ciro Gomes também tem, a exemplo do PT, duas notícias, uma boa outra ruim. A boa é que o PT depende de Ciro, pelo menos por enquanto, para levar a disputa com folga para o segundo turno. A notícia ruim é que o deputado federal pelo PSB do Ceará está com apenas 11,9%, bem atrás dos 27,8% de Dilma.

Todas as pesquisas eleitorais para 2010 já divulgadas estão no maior levantamento disponível na web aqui neste blog.

A seguir, os números da pesquisa Sensus divulgada hoje (1.fev.2010):

Cenário com Ciro:

José Serra - 33,2%

Dilma Rousseff - 27,8%

Ciro Gomes - 11,9%

Marina Silva - 6,8%

Nenhum/Branco/Nulo - 10,5%

NS/NR - 9,9%

Cenário sem Ciro

José Serra - 40,7%

Dilma Rousseff - 28,5%

Marina Silva- 9,5%

Nenhum/branco/ Nulo - 11,4%

NS/NR - 10%

Metodologia

2.000 entrevistas

Margem de erro: 3 pontos percentuais

Data da coleta de dados: de 25 a 29 de janeiro de 2010

Fonte: Fernando Rodrigues

domingo, 31 de janeiro de 2010

Vice deve ser escolhido por Dilma, diz Jacques Wagner


Pertencer a um partido da base aliada não é o bastante para indicação

governador da Bahia, Jacques Wagner (PT), disse na última sexta-feira, 29, que pertencer a um partido da base aliada não é o bastante para indicar o vice numa chapa da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, à Presidência da República. Ele se posiciona na ala petista que defende que a ministra escolha seu companheiro de chapa. "Não basta ter partido, tem de ser convidado. Essa é uma esfera de decisão exclusiva da Dilma", afirmou, antes da abertura oficial do Fórum Social Mundial Temático da Bahia, realizada no Teatro Castro Alves, em Salvador.

Segundo Wagner, há dois componentes para se definir um vice, seja de prefeito, governador ou presidente. "O primeiro é que tem de ser de um partido importante da base aliada, que é o caso de Michel Temer; o segundo é o convite da candidata", defendeu, referindo-se ao deputado paulista e presidente licenciado do PMDB.

Na sucessão estadual, Wagner disse estar tranquilo com o fato de o PMDB ter saído da base do governo para lançar a pré-candidatura do ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima. Com isso, a ministra Dilma pode ter de subir em dois palanques no Estado. Wagner, contudo, disse estar tranquilo. "Já disse à ministra e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que a Bahia está fora do rol dos estados-problema para a ministra Dilma".

Segundo ele, se a separação dos partidos será ideal ou não, só o tempo dirá. "Eu tentei construir uma unidade do PT com o PMDB, mas é um fato consolidado que teremos duas candidaturas da base governista. Muita gente acha que um palanque é melhor, mas quem sabe dois tenham mais gosto?", brincou.

O governador vai concorrer à reeleição e deverá ter como adversário, além do ministro Geddel Vieira Lima, o ex-governador Paulo Souto (DEM). Wagner liderava a mais recente pesquisa do Datafolha, de dezembro, com 39% das intenções de voto, seguido por Souto (24%) e Geddel (11%).

Fórum

Antes da abertura oficial do Fórum temático baiano, Wagner rebateu as críticas contra a participação do governo no evento. "O governo é uma conquista da sociedade. Não há por que ter algum tipo de preocupação de a gente ajudar o Fórum", disse. O governo da Bahia é um dos apoiadores do evento, junto com os governos federal e municipal, a Petrobras, faculdades e universidades públicas do Estado.

Fonte: Estadão

Serra é favorito na corrida presidencial, segundo Vox Populi

Governador São Paulo obteve 34% das intenções de voto; Dilma cresceu, mas ainda está em segundo lugar

Uma nova pesquisa da Vox Populi, encomendada pela TV Bandeirantes e divulgada ontem apontou que o atual governador de São Paulo, José Serra (PSDB), leva vantagem na corrida presidencial, com 34% das intenções de voto. Dilma Rousseff (PT), ministra-chefe da Casa Civil, está em segundo lugar, com 27%.

Na pesquisa anterior, divulgada em dezembro pela Vox Populi, apontava que Serra obteria 39% dos votos contra 18% de Rousseff. Em pouco tempo, a favorita do Presidente Lula conseguiu um crescimento de 9%
nas intenções de voto.

A pesquisa ouviu 2 mil pessoas em 23 Estados e no Distrito Federal, entre os dias 14 a 17 de janeiro. O levantamento tem margem de erro de três pontos percentuais. Essa é a primeira pesquisa eleitoral a ser
divulgada em 2010.

O deputado federal Ciro Gomes aparece com 11% das intenções de voto, seguido pela senadora e ex-ministra de Lula Marina Silva, com 6% da preferência dos entrevistados.Os brancos e nulos ficaram em 10%, sendo que 9% se disseram indecisos ou não opinaram.

Fonte: Agencia Estado

Após crise de hipertensão, Lula cumprirá agenda com duas viagens

Apesar de preocupado com a saúde e determinado a mudar hábitos alimentares e físicos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva programou para esta semana uma intensa agenda de atividades. Só viagens serão duas – Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul – para inaugurar obras.

Depois de descansar neste final de semana em Brasília, nesta segunda-feira, o presidente comanda três solenidades com temas totalmente diferentes – de abertura do Ano Judiciário à entrega de credenciais a novos embaixadores estrangeiros.
Após exames, Lula disse que não pode deixar a peteca cair

Lula demonstra que pretende associar as orientações médicas com o mesmo ritmo de trabalho que mantinha antes da crise hipertensiva na noite da última quarta-feira (27). O susto que o presidente levou ocorreu durante o voo que o transportaria para Davos, na Suíça, onde participaria do Fórum Econômico Mundial. No avião, os médicos descobriram que a pressão dele estava 18 por 12 e preferiram suspender a ida de Lula, que foi internado em Recife (PE).

Repouso e check-up

Identificada a crise de hipertensão, Lula ficou de repouso desde quinta-feira (28). Ele seguiu de Recife rumo a São Bernardo do Campo (Grande SP), onde ficou em casa com a família. Durante o período, foram suspensos todos os compromissos oficiais.

Lula fez vários exames médicos neste sábado. O presidente passou por um check-up completo no Instituto do Coração de São Paulo e de acordo com os médicos os exames estão dentro da normalidade. Bem-humorado, o presidente prometeu seguir à risca a orientação médica: reduzir o sal e fazer mais exercícios físicos.

O medico particular dele, Roberto Kalil Filho, ressalta que os exames de saúde foram normais. Ele destaca que o presidente não é hipertenso e diz que ele não vai precisar ser medicado para controlar a pressão arterial, que já está totalmente controlada.

Agenda intensa

Convencido de que é possível manter seu ritmo de trabalho, Lula recebe esta semana os pilotos da Fórmula Indy de 2010. Na quarta-feira (3), o presidente fará sua primeira viagem depois do mal-estar ele irá ao Rio vistoriar as obras do túnel de passagem do gasoduto, na Serra dos Gaviões. Também vai participar da inauguração do gasoduto Cabiúnas-Macaé e da estação de compressão Campos Elísios-Duque de Caxias.

Na quinta-feira (4), já em Brasília, Lula recebe as credenciais de três embaixadores estrangeiros e na sexta-feira (5) volta a viajar. Desta vez irá para a região metropolitana de Porto Alegre, em São Leopoldo. O presidente participa de três solenidades distintas: primeiro faz um sobrevoo em São Leopoldo para verificar mais de perto as obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) da Habitação.

Depois da vistoria, o presidente visita e inaugura casas populares no município. Por último, vai até o Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada, em Porto Alegre. A previsão, de seus assessores, é de que Lula retorne a Brasília no final da tarde de sexta-feira

Fonte: eband