sexta-feira, 5 de março de 2010

Ciro critica a pressão em cima de Aécio

O deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE), pré-candidato à Presidência da República, criticou a pressão que está sendo feita pelo PSDB e pelo DEM para que o governador Aécio Neves (PSDB) aceite ser candidato a vice-presidente em uma chapa encabeçada pelo governador paulista, José Serra. Disse ainda que o governador mineiro não pode ser “manipulado” pelo PSDB como se fosse apenas um “instrumento eleitoral, por aqueles que querem ver Minas de for a do poder”. A pressão para Aécio ser vice aumentou depois das recentes pesquisas que apontam a queda de Serra e o crescimento da candidata do PT, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.

“A turma de São Paulo quer resolver esse problema no gabinete. Querem tirar a política do povo. O Aécio tem delegação de Minas Gerais para ser presidente, não para ser vice de um cara que impede ele de ser presidente”, afirmou Ciro, que reiterou mais uma vez que pretende disputar o Palácio do Planalto. Segundo ele, uma eleição com Dilma, Aécio e ele como candidatos facilitaria um entendimento futuro e enterraria a política de ódio e a disputa entre o PT e o PSDB de São Paulo , que domina o poder desde a eleição de Fernando Henrique Cardoso, em 1994

“A radicalização provinciana da política de São Paulo entre o PT e o PSDB tem feito muito mal ao país. E o Aécio vindo pelo PSDB, a Dilma pelo PT e eu saindo pelo PSB o Brasil inaugura uma nova fase, em que a política enterra o ódio, para refundarmos no Brasil a prática do diálogo”. Segundo o deputado, nessa situação, o vencedor poderá estender a mão para os vencidos e receber deles a cooperação. “Com isso a gente exclui esses setores que não saem do poder nunca”, afirmou.

Alianças
Com discurso de candidato, criticou até as alianças feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para governar e o acordo PT-PMDB, base da candidatura da ministra Dilma. “O Fernando Henrique Cardoso sob o pretexto de que precisava arrumar maioria se agarrou a tudo que não presta na política. Aí o Lula vem para a política, o PSDB não dialoga e ele se agarra com quem? Com tudo que não presta na política” atacou o ex-ministro. Ciro chamou a atenção para o fato de o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) ser peça central do PT no Senado depois de ter sido ministro da Justiça do governo Fernando Henrique e de o líder do governo Lula na Casa, Romero Jucá (PMDB-RR) ter sido líder também do governo tucano. “Não é possível isso”, disse Ciro.

Pressionado pelo Palácio do Planalto a desistir da corrida presidencial e disputar o governo de São Paulo, Ciro Gomes reafirmou que é candidato à Presidência da República. Depois do discurso de ataque ao PT e ao PSDB paulista, o deputado pediu votos a um repórter que o entrevistava antes do início da cerimônia. “Sou candidato a presidente da República e peço seu voto se você não achar um melhor do que eu”, afirmou Ciro, mostrando disposição para a campanha à sucessão de Lula

Correio Brasiliense

Os últimos passos de Aécio no governo

O governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), viajará a pelo menos seis cidades na semana que vem, levando a tiracolo seu candidato para as eleições de outubro, o vice Antônio Anastasia. Desta vez, os principais focos serão as regiões do Triângulo, Oeste e Sul de Minas. Os destinos das semanas seguintes ainda não estão confirmados. Durante a inauguração de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), em São João del-Rei, ontem, Aécio disse que encerrará sua participação no governo voltando à cidade do avô, no início do mês que vem, para participar de um último ato no cargo, durante a Semana Santa.

"Vou me despedir do governo no próximo dia 2 de abril, sexta-feira da paixão, até mesmo pelo simbolismo que esse último momento tem. (Estarei) na procissão do enterro, mantendo a nossa tradição familiar que era do meu avô Tancredo, carregando a lanterna, ao lado do espírito do senhor morto", disse Aécio, que no dia anterior participou das celebrações em homenagem aos 100 anos de nascimento de Tancredo Neves. O início do mês de abril é o prazo para que o governador deixe o cargo para ser candidato nas eleições de outubro.

Anastasia era aguardado, ontem, para a inauguração da UPA em São João del-Rei, mas mudou os planos e viajou a Goiás, para representar Aécio no aniversário do senador Marconi Perillo (PSDB), pré-candidato ao governo do estado. Lá também estaria o governador de São Paulo, José Serra (PSDB). De acordo com a assessoria do Palácio da Liberdade, Aécio e Anastasia viajarão a partir da semana que vem para fazer inaugurações e anunciar investimentos. O périplo começa na segunda-feira por Uberlândia, no Triângulo Mineiro. No dia seguinte, a dupla deverá estar em Ituiutaba, na mesma região. Até o fim da semana, eles também passarão por Uberaba, também no Triângulo, Varginha, no Sul de Minas, Divinópolis e Nova Serrana, na Região Oeste.

Diario de Pernambuco

Três passos para o entendimento

Humberto Costa e João Paulo estabelecem roteiro para tentar definir candidato ao Senado sem necessidade de prévias

No encontro realizado ontem, em Brasília, entre o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, o ex-prefeito do Recife João Paulo (PT) e o secretário estadual das Cidades, Humberto Costa (PT), para definir quem será o nome do PT no Senado na chapa do governador Eduardo Campos (PSB) ficou acertado três passos para um entendimento. A intenção dessa estratégia é dar um tempo para as desavenças serem resolvidas e evitar um desgaste desnecessário para a campanha da ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT).


Foto: Credito: Sergio Figueiredo/Divulgação - 4/1/07
O primeiro passo refere-se à realização ou não de prévias. O final de março foi o prazo estipulado para que o PT no estado decida se realizará ou não a disputa interna. Até lá, a orientação da direção nacional é ter muita conversa entre as duas principais lideranças de Pernambuco. O segundo passo é tentar distensionar o clima de acirramento que se instalou entre os integrantes da tendência de Humberto, a Construindo um Novo Brasil (CNB), e o de João Paulo, o Campo de Esquerda Unificado (CEU). O terceiro passo inclui uma reunião individual entre cada postulante com o presidente Lula e outra com Dilma. O presidente do PT nacional se comprometeu em articular os encontros.

Se depois de todo esse ritual os dois não chegarem a um consenso sobre quem deve disputar o Senado, o caminho será a prévia, mesmo contrariando a recomendação da Executiva Nacional do PT, aprovada ontem pelo diretório nacional. A orientação é evitar as prévias nos estados. Apesar da conversa entre Dutra, Humberto e João Paulo não ter chegado a um "denominador comum" quanto ao nome do PT que disputará o Senado, serviu pelo menos para mudar o clima de acirramento entre os dois. Eles classificaram o encontro como tranquilo e positivo.

O diálogo com Dutra durou cerca de 40 minutos. Humberto esteve acompanhado do presidente regional do PT, Jorge Perez e da deputada estadual Teresa Leitão (PT). Os dois fazem parte da CNB. João Paulo foi sozinho. Por telefone, o ex-prefeito disse que os dois acertaram para cada um falar com seu pessoal. "O objetivo é fazermos o máximo para distensionar os dois grupos. Ele vai conversar com a CNB e eu com o CEU. Também solicitamos um encontro com Lula e Dilma. O final de março foi definido para escolheremos que caminho tomaremos. Se será o entendimento ou a prévia", afirmou. Segundo João Paulo, o nacional "jogou pesado" para não ter prévias nos estados, mas o estatuto do partido prevês a disputa interna se não houver consenso. "Se tiver será uma prévia rápida. Mas isso só ocorrerá se não tiver jeito", afirmou João Paulo.

Segundo Humberto, se até março um deles decidir abrir mão da disputa a questão estará resolvida. "Senão vamos definir qual o melhor fórum de decisão. Se será o encontro estadual ou a prévia. Também ficou acertado uma conversa entre João Paulo e eu. Mas ela não será pública", antecipou o petista. Em sua avaliação, os encontros com Dilma e Lula serão importante para que cada um explique o que pretende, detalhar suas qualidades para concorrer ao Senado e tambémpara ouvir o que eles têm a dizer. "Temos que encontrar um caminho dentro do partido para resolver a questão. A prévia será a última instância. Vamos tentar uma solução que não precise dela. Só se não tiver jeito nenhum", destacou.

Diario de Pernambuco

Novas denúncias sugerem que Arruda era informado de operações antecipadamente

Depoimentos foram revelados nesta sexta-feira

Depoimentos colhidos pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) revelam que o governador licenciado, José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM), mantinha uma rede de informações que funcionaria a partir dos serviços prestados por integrantes da cúpula da Polícia Civil no DF.

Este material foi divulgado um dia após a vice-procuradora da República, Deborah Duprat, ter defendido no Supremo Tribunal Federal (STF) a manutenção da prisão de Arruda. Em sua fala, ela argumentou sobre a importância do afastamento do governador licenciado para o surgimento de novas denúncias.

— Temos provas recentes que mostram que várias provas só foram obtidas agora depois da prisão do governador. Policiais civis tiveram coragem, agora, porque o governador está preso, de denunciar que em outras duas operações o governador tinha interferido para impedir que houvesse a investigação a respeito de Marcelo Toledo e de um outro doleiro —, revelou a vice-procuradora.

A suspeita era investigada desde a apreensão de documento pela Polícia Federal na casa de Domingos Lamoglia, ex-chefe de gabinete de Arruda. O documento continha anotações sobre a Operação Tellus, que investigava a cobrança de propina na Secretaria de Desenvolvimento Econômico, na época comandada pelo então vice-governador, Paulo Octácvio.

Os policiais civis citados por Debora são o ex-diretor do Departamento de Atividades Especiais (Depate) Celso Moreira Ferro Júnior, o sucessor dele no Depate, delegado Cícero Jairo, e o ex-diretor do Departamento da Polícia Judiciária da Capital (Decap) Marco Aurélio Vergílio de Souza.

Em depoimento, Ferro Júnior revelou que havia sido contratado por Arruda para espionar adversários políticos e conseguir informações sobre possíveis ações policiais que pudessem comprometer o governo.

- Arruda era informado com alguns dias de antecedência da realização desta ou daquela operação -, disse Ferro Júnior.

O policial afirmou ainda existir um relatório sobre a investigação que apurava direcionamento de licitações em publicidade para empresas vinculadas ao ex-secretário de Comunicação do DF Welligton Moraes. Moraes foi preso pela mesma ordem expedida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) que ordenou a detenção de Arruda. As informações são do site G1.

ZEROHORA

Justiça Eleitoral proíbe inauguração de obras para todos os candidatos

Candidatos nas eleições de 2010 estão proibidos, a partir de 3 de julho, de participar de inaugurações de obras públicas. Antes, a Justiça Eleitoral proibia apenas candidatos a presidente, governador e vice. O calendário eleitoral foi publicado hoje (5) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O calendário também define que a propaganda eleitoral só pode ser feita a partir de 6 de julho.

Já os registros de candidatura devem ser feitos pelos candidatos até o dia 10 de julho. Antes, a Justiça Eleitoral concedia ao candidato 48 horas para o registro depois do encerramento do prazo dado aos partidos políticos. Este novo prazo passa a ser contado a partir da publicação da lista de candidatos pela Justiça Eleitoral.

Outra novidade é que os candidatos deverão apresentar certidões criminais no ato de registro de sua candidatura para as eleições de 2010. Além das certidões criminais emitidas pelas Justiças Estadual e Federal de 1º e 2º graus de seu estado e do tribunal competente nos casos de foro especial, a nova regra exige certidões criminais emitidas pela Justiça Federal e pela Justiça do Distrito Federal de 1º e 2º graus.

O TSE definiu, na última terça-feira (2), as regras para as eleições deste ano. Uma delas permite que o eleitor faça doações para campanhas por meio de cartão de débito e crédito. Já os partidos políticos terão que abrir conta bancária específica para receber recursos eleitorais. Antes, a obrigação recaia apenas sobre comitês financeiros e candidatos.

Por meio da conta bancária, os partidos poderão repassar recursos de campanha para seus candidatos, mas agora terão que informar à Justiça Eleitoral, no prazo máximo de 30 dias depois das eleições, a origem do dinheiro. O TSE quer coibir, com isso, as chamadas doações ocultas, quando as legendas distribuem recursos para candidatos sem informar os doadores.

Nas eleições de 2010, o eleitor que estiver fora de seu domicílio poderá votar em seu candidato à Presidência da República. Para isso, deverá solicitar a transferência provisória do título para uma capital entre os dias 15 de julho e 15 de agosto em um cartório eleitoral.

Contudo, o chamado voto em trânsito só será possível ao eleitor que estiver em dia com suas obrigações eleitorais e está condicionado, ainda, a um número mínimo de solicitações para uma determinada capital. A Justiça Eleitoral só pretende instalar seções especiais de votação nas cidades que receberem pelo menos 50 pedidos de transferência provisória de título

Agência Brasil

Justiça do Rio bloqueia contas de casal Garotinho

Promotores identificaram o desvio de pelo menos R$ 63 milhões, entre 2003 e 2006, no governo Rosinha

Antes mesmo de decidir se recebe a Ação Civil Pública por improbidade administrativa apresentada pelo Ministério Público Estadual contra os ex-governadores Anthony Garotinho e Rosinha Garotinho, além de outros 86 (pessoas físicas e jurídicas), a juíza Mirella Letizia Guimarães Vizzini, da 3ª Vara Cível do Rio, atendeu ao pedido dos promotores e decretou a quebra do sigilo bancário dos réus, o bloqueio dos valores que eles têm em conta e o arresto de todos os bens. Só depois de os envolvidos apresentarem defesa preliminar é que ela decidirá se a ação deve prosseguir.

Na ação os promotores da Procuradoria de Tutela e Cidadania identificaram o desvio de pelo menos R$ 63 milhões, entre 2003 e 2006, no governo de Rosinha Garotinho, pelo repasse de verbas dos órgãos de governo a ONGs que passavam para empresas de fachada. Três delas receberam R$ 30,5 milhões e jamais prestaram serviço ao governo. Elas doaram R$ 600 mil à pré-candidatura de Garotinho à Presidência da República, como ele divulgou no seu blog.

A juíza disse que no processo há "sólidos indícios de improbidade pelos réus". Afirma serem "patentes os indícios de operações financeiras fraudulentas, desvio de verbas públicas e lavagem de dinheiro".

Em seu blog, Garotinho diz que estas doações não aparecem na sua prestação de contas do TRE. "Ao tomar conhecimento que essas ONGs eram subcontratadas de empresas que prestavam serviços ao Estado, determinei ao responsável pela arrecadação dos recursos que devolvesse o dinheiro com cheque nominal a cada uma das ONGs". Para ele, "além de covardes, esses promotores são antiéticos".

Segundo o Ministério Público, na gestão de Rosinha, secretarias de Estado e órgãos governamentais entregaram à Fundação Escola de Serviço Público (Fesp) R$ 426 milhões a pretexto de contratação de pessoal. Para isto foi modificado o estatuto da Fundação que não previa este tipo de serviço.

Do valor recebido, a Fesp repassou R$ 410 milhões (96,01%)a ONGs por convênios sem licitação, com objetivos não explicitados. Destes R$ 410 milhões, 62,76% (R$ 257 milhões) foram para quatro entidades: Inep, Inaap, IBDT e CBDDC . O Ministério Público já identificou o desvio de R$ 63 milhões.

Débora Secco

Outras ONGs eram operadas por Ricardo Seco. Ele, segundo a denúncia, através da Eprim e da Inconsul, repassou R$ 1,05 milhão para a sua conta bancária, a de sua mulher, a da ex-mulher e a de três filhos, entre eles a atriz Débora Secco. Ela também foi denunciada, já que teria recebido R$ 158 mil.

A atriz, segundo sua assessoria, só falará ao conhecer a ação. O advogado Sérgio Tostes, que a defenderá junto com os irmãos e a mãe, nega o envolvimento deles.

Marcelo Auler, da Agência Estado

PT abre inscrições para candidaturas em Minas Gerais

Em reunião da Executiva Estadual na noite de ontem, o PT reafirmou a intenção de lançar candidatura própria ao governo de Minas e antecipou o prazo de inscrições para os candidatos à vaga de 22 de março até 5 de abril. Diante do fortalecimento da pré-candidatura do ministro das Comunicações, Hélio Costa (PMDB), o PT mineiro procura agora estabelecer um roteiro de diretrizes internas para ganhar tempo e tentar recuperar terreno na disputa pela indicação do candidato da base aliada ao Palácio do Planalto no Estado.

O diretório regional aprovou por consenso a criação de uma comissão política para buscar construir um acordo entre o ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, e o ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, ambos pré-candidatos petistas. O objetivo é tentar resolver as rusgas internas e apresentar um candidato único, com apoio de toda a legenda, na costura com o PMDB e o PRB do vice-presidente José Alencar.

Pimentel e Patrus travam uma disputa interna desde a eleição para a Prefeitura de Belo Horizonte, em 2008, quando o ministro rejeitou a aliança do ex-prefeito com o governador Aécio Neves (PSDB). Desde então, os aliados dos dois pré-candidatos empreenderam uma briga fratricida. A constatação é que se o PT-MG não estiver minimamente unido, Costa - líder nas pesquisas de intenção de voto - consolidará sua candidatura. O ministro peemedebista conta a seu favor a prioridade dada à aliança nacional dos dois partidos em torno da candidatura à Presidência da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.

Embora o Diretório Nacional tenha aprovado uma resolução recomendando às seções estaduais que evitem prévias para a escolha de candidatos aos governos e ao Senado, O PT-MG estabeleceu os dias 2 e 16 de maio para a realização das primárias, caso o "diálogo não avance".

Como a tese do palanque duplo encontra forte resistência, tendo sido bombardeada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, petistas e peemedebistas já concordam com uma candidatura unificada e acertaram que o candidato será definido com base em pesquisas quantitativas e qualitativas.

No documento aprovado ontem, o diretório mineiro fala em determinação de ter um candidato próprio filiado ao partido, em "oposição ao projeto neoliberal expresso pela candidatura do vice-governador Antônio Anastasia (PSDB)".

De acordo com a resolução, as eventuais candidaturas de Patrus e Pimentel possuem mais capacidade de crescer "ao longo da campanha eleitoral".

EDUARDO KATTAH - Agencia Estado

PC do B lança Netinho de Paula ao Senado

O impasse do PT em São Paulo já começa a causar efeitos colaterais entre os aliados. Alheio às idas e vindas de Ciro Gomes (PSB), o PC do B decidiu lançar o vereador Netinho de Paula ao Senado. A decisão, tomada em reunião no começo da semana, já foi comunicada aos oito partidos que formam o "bloquinho de esquerda" no Estado. "Trata-se de uma decisão unânime e irreversível da direção do partido. Queremos que ele seja o candidato da frente em São Paulo. O bloco precisa se manter unido", diz Nádia Campeão, presidente estadual do PC do B.

No mesmo encontro os comunistas votaram resolução que pressiona Ciro Gomes a aceitar a candidatura ao governo paulista. Para não perder terreno, o empresário Paulo Skaf - até o momento o único pré-candidato do PSB ao Bandeirantes - visitou, na quarta-feira, a direção estadual do PC do B. Segundo os comunistas, a conversa serviu para "trocar ideias sobre a sucessão presidencial, a disputa ao governo paulista e os principais desafios do próximo governador".

Dentro do PSB também cresce a pressão para que Ciro fique em São Paulo. Principal nome dos socialistas no Estado, a deputada Luiza Erundina avisou que não subirá no palanque de Skaf, nem participará do seu programa de TV. "Seria incoerente. O Paulo Skaf não tem identificação com o partido. Ele veio só para ser candidato. Meus eleitores não entenderiam." No caso da desistência de Ciro, a deputada defende que o advogado Pedro Dallari seja o candidato da legenda. "Ele já disse que topa", diz.

Pedro Venceslau
Ag.Estado

Alckmin: tudo caminha para confirmação da candidatura Serra

Ex-governador desconversou quando perguntado se seria o candidato do PSDB ao Palácio dos Bandeirantes

O ex-governador Geraldo Alckmin (SP) reforçou nesta sexta-feira, 5, a tese de que o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), vai se candidatar à Presidência da República nas eleições deste ano. "A questão nacional está muito bem encaminhada. Tudo caminha para Serra ser o nosso candidato", afirmou Alckmin, após evento em Suzano, na Grande São Paulo.

De acordo com o ex-governador, hoje secretário estadual de Desenvolvimento de Serra, o anúncio do nome do candidato que representará o partido nas eleições presidenciais deste ano sairá este mês. O prazo para que Serra deixe o governo para se dedicar a uma eventual campanha vence em 2 de abril.

Cotado para disputar o governo do Estado nas próximas eleições, Alckmin evitou falar sobre o seu próprio destino político. "Não sou eu que decido. Quem decide é o partido. Primeiro tem a questão nacional, depois tem a de São Paulo", afirmou. "Serra ainda não anunciou a candidatura, então, vamos aguardar. Não há razão para decidir isso hoje", acrescentou.

Alckmin disputa com o secretário estadual da Casa Civil, Aloysio Nunes Ferreira, a indicação do PSDB para concorrer ao Palácio dos Bandeirantes. Desde que passou a integrar a equipe de Serra, após sofrer uma derrota nas eleições municipais de 2008, o tucano vem se dedicando a viabilizar o seu nome. O ex-governador lidera com folga as pesquisas de intenção de voto para o cargo.

Agencia Estado

Marina Silva pede mais força a órgãos de fiscalização

A senadora e pré-candidata à Presidência da República pelo PV, Marina Silva (AC), defendeu hoje, no Rio, o fortalecimento dos órgãos de fiscalização e controle como método para combate à corrupção no País. Em discurso na Câmara Municipal de São Gonçalo, onde foi homenageada, Marina lamentou que o nível de desvio de dinheiro público no Brasil tenha atingido patamares "extremamente altos". Segundo ela, o mesmo volume de recursos que é aplicado em saúde e educação é desviado por corruptos em todos os níveis do poder público.

"O combate à corrupção é algo que precisa ser feito em todas as frentes. Uma delas é o fortalecimento dos órgão de fiscalização e controle, como o Ministério Público, o Tribunal de Contas e o próprio órgão do governo responsável pelo tema", argumentou a pré-candidata do PV. Com o discurso, a senadora se coloca em posição diversa da do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que nos últimos meses, vem reclamando do excesso de vigor dos órgãos de fiscalização do Estado.

Marina foi homenageada com o título de cidadã gonçalense e com a mais alta comenda da Câmara Municipal de São Gonçalo. Ela ainda foi recebida por vereadores de Niterói que também promoveram uma solenidade de apoio à sua pré-candidatura. A senadora fica até domingo no Rio, onde manterá extensa agenda de compromissos política.

Yahoo

PCdoB declara apoio à pré-candidatura de Dilma

Aliado histórico do PT, o PCdoB certificou hoje a continuidade da parceria com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aprovou o apoio da legenda à pré-candidatura da ministra Dilma Rousseff à sucessão no Palácio do Planalto.

Em reunião de cerca de seis horas, os 27 membros que integram a Comissão Política do Comitê Central do PCdoB reafirmaram, por unanimidade, resolução aprovada em fevereiro pela Executiva Nacional, segundo a qual a sigla daria apoio ao candidato escolhido pelas legendas que compõem a base de sustentação ao governo do presidente Lula.

A adesão à chapa presidencial encabeçada pelo PT será oficialmente anunciada no início de abril, em Brasília. As lideranças do partido ainda não definiram se a solenidade será realizada no dia 8 ou 15 de abril.

Ainda na reunião de hoje, o partido fechou questão sobre a criação de uma cúpula suprapartidária, com integrantes do PCdoB e do PT, para evitar que divergências regionais comprometam a composição nacional entre as duas legendas. O partido tem trabalhado para dar prioridade à eleição a cargos legislativos, procurando fortalecer a sigla no Congresso Nacional. A meta é eleger 20 deputados federais e 2 senadores. Hoje a bancada na Câmara tem 13 nomes e o partido tem apenas 1 senador.

O secretário nacional de Organização, Walter Sorrentino, explicou que a legenda quer estar ao lado do PT nos 26 Estados e no Distrito Federal. "Buscamos evitar as divisões regionais, que apenas prejudicam os planos nacionais. Até o momento, o PCdoB não rivaliza com nenhum pré-candidato petista que pretende concorrer aos governos estaduais", afirmou.

Na ata da reunião de hoje, o PCdoB chama a pré-candidata petista de "de uma mulher cuja personalidade política se forjou na luta democrática". O documento elogia o governo petista e defende a estratégia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de polarizar a disputa eleitoral entre PT e PSDB.

"Estão em confronto dois campos políticos antagônicos. A aliança de partidos liderada pelo presidente Lula versus legendas que sustentaram o governo neoliberal do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que levou o Brasil à ruína", critica. "Neste embate político, não há meio termo. Seu resultado ou garantirá a continuidade do ciclo político atual, ou será o retrocesso com o retorno daqueles que arrasaram o Brasil. É uma oposição de passado fracassado e de futuro temerário", diz o texto da ata da reunião.

São Paulo

O discurso de unidade com os petistas, no entanto, sofreu na semana passada o seu primeiro revés. O PCdoB lançou o vereador Netinho de Paula (SP) ao Senado Federal, sem consultar a opinião dos seus aliados no Estado. A decisão, de acordo com a presidente estadual do PCdoB em São Paulo, Nádia Campeão, é "irreversível".

Lideranças nacionais da sigla avaliam o gesto como um ato de protesto do PCdoB contra impasse do PT na escolha de um candidato à sucessão no Palácio dos Bandeirantes. Os petistas já articulam um plano B, mas ainda estão reféns do deputado Ciro Gomes (PSB), que ainda não decidiu se será candidato ao governo do Estado ou à Presidência da República.

Yahoo