terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Tarso anuncia que deixará governo dia 10 para disputar eleição no RS

Pré-candidato do PT ao governo do Rio Grande do Sul, o ministro Tarso Genro (Justiça) anunciou hoje que deixará o governo no próximo dia 10. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva oficializou nesta terça-feira o pedido de saída entregue pelo ministro.

Segundo Tarso, o presidente deve escolher o novo ocupante da pasta até o fim da semana. O ministro disse que tanto o secretário-executivo Luiz Paulo Teles quanto o deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP) têm atribuições para ocupar o cargo.

"Não sugeri nome. Essa é uma atribuição do presidente. Luiz Paulo e Zé Eduardo são compatíveis. O Luis Paulo é um gestor eficiente e o Zé é um jurista qualificado. O ministério estará em boas mãos", disse.

Tarso disse que apresentou hoje um relatório das principais ações do ministério ao presidente, mostrando que a sua saída não trará prejuízo para o governo. "O presidente disse que vai fazer uma exceção e me autorizou a sair no dia 10. Fiz um relato e mostrei que não faria falta eu sair em fevereiro ou em março", afirmou.

O ministro disse que o presidente se comprometeu em ser seu cabo eleitoral nas eleições de outubro. "O presidente me disse que estará junto comigo", disse.

Pelos menos 16 dos 37 ministros já mostraram interesse em disputar cargos no Legislativo e nos Executivos estaduais, incluindo a ministra da Casa Civil, que é pré-candidata do PT ao Palácio do Planalto.

Segundo interlocutores do presidente, a orientação é para que as vagas dos ministros-candidatos sejam preenchidas por secretários-executivos, que estão familiarizados com a rotina das pastas.

Reportagem da Folha publicada nesta terça-feira afirma que Dilma deixará a Casa Civil no final de março para se dedicar à campanha eleitoral e a secretária-executiva do ministério, Erenice Guerra, assumirá seu lugar. A promoção de Erenice é uma decisão pessoal de Dilma.

Erenice, porém, não coordenará o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), vitrine eleitoral de Dilma na campanha. A tarefa ficará a cargo de Miriam Belchior, que atua na Casa Civil como subchefe de articulação e monitoramento e já auxilia Dilma no PAC.

Na semana passada, Erenice também foi escolhida como representante da Casa Civil para presidir o grupo de trabalho responsável por detalhar a proposta de criação da comissão da verdade prevista no Programa Nacional de Direitos Humanos.

MÁRCIO FALCÃO
da Folha Online, em Brasília

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